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Nem sempre o motivo é a falta de estudos, exercícios ou de talento. Em alguns casos a dificuldade pode ser causada por problemas de saúde. Você já ouvir falar de Distonia Focal?
A Distonia Focal tem sido considerada pelos pesquisadores um distúrbio do movimento de base neurológica que se caracteriza por contrações e espasmos musculares involuntários e mantidos causando movimentos repetitivos, contorções ou posturas anormais e se classifica como lesão de tarefa específica. Se manifestando apenas no momento da execução instrumental, ela pode agir em um músculo de maneira isolada ou pequeno grupo de músculos, membro, ou de forma generalizada atingindo todo um lado do corpo.
O músico está sempre buscando se aperfeiçoar e obter grandes resultados e ter reconhecimento requer muita dedicação. Toda essa dedicação envolve horas de estudo e movimentos repetitivos de musculatura fina específica. Devido a rotina de ensaios, apresentações, estudos e etc. muitos músicos descuidam do descanso e forçam seu corpo a limites cada vez maiores.
Tocar um instrumento envolve uma relação neuro-muscular muito complexa e que se for praticado de forma inadequada podem surgir padrões negativos de organização sensório-motora, tornando manifestos determinados sintomas do distúrbio que tendem a surgir gradualmente sem que o instrumentista perceba, sentindo-os como pequenas falhas ou dificuldades na performance.
Os sintomas nos instrumentistas de bocal podem ser:
Descontrole na movimentação muscular, tremores na região da embocadura, perda da vibração labial, perda da conexão entre sons em legato, tensão excessiva na articulação provocando uma sensação de que a língua está ―travando‖, perdas de ar através de aberturas nos lábios, tensão facial evidente (ALTENMÜLLER and JABUSCH, 2010; LEDERMAN, 2001).
Alguns dos tratamentos conhecidos são:
O Instituto de Fisiologia e Medicina da Arte Terrassa (Espanha) em conjunto com a Universidade de Konstanz (Alemanha), buscando novas alternativas de tratamento para músicos com distonia focal, desenvolveu um método baseado no mecanismo causador do distúrbio, qual seja, o movimento repetitivo intenso (LLOBET, 2002;2006). Neste método é desenhado um programa de trabalho onde o músico afetado é submetido a todo o processo de tratamento realizando exercícios em seu próprio instrumento. Esta opção de tratamento tem apresentado bons resultados e os casos de recuperação têm alcançado índices que variam de 60 a 80 por cento dos casos.
Limb Imobilization – Imobilização total dos músculos afetados por um período de 4 a 5 semanas. Segundo esta terapia, poderia haver uma redução da correspondência entre os dedos e o mapa cortical da mão. Embora este tratamento enfraqueça um tanto os músculos devido ao período de imobilização os resultados têm demonstrado ser mais efetivo em afetados a pouco tempo (PRIORI apud WATSON, 2009).
Existem outros poucos tratamentos e a Distonia também pode afetar as mãos ou outras partes do corpo. Muitos músicos brilhantes já abandonaram a carreira devido a problemas de saúde como a Distonia Focal, a ansiedade e outros. É preciso buscar ajuda especializada para lidar com problema. As recentes pesquisas tem incentivado diversos profissionais a trabalharem em soluções terapêuticas para oferecer um atendimento diferenciado ao público músico.
E você? Tem ou já teve problemas assim? Conhece um músico que apresenta estes sintomas? Já ouviu falar de algum tratamento diferente? Deixe seu comentário abaixo!
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