sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Análise formal do Concertino de F. David

Se você é trombonista ou um pianista que toca com trombonistas, provavelmente já ouviu falar do Concertino de F. David, talvez até já o tenha estudado ou tocado no Conservatório de Música ou na faculdade. Eu cheguei a estuda-lo porém ele não fez parte do meu recital de formatura. A seguir trago a você uma análise formal feita com informações da Revista Espanhola de Trombonistas. Vale a pena ler e refletir.



A forma sonata:

Se caracteriza por um conteúdo amplo e discurso narrativo que se manifesta por expor uma série de temas de diferentes caracteres de determinada ordem, normalmente começando com um tema enérgico chamado de tema principal, frente ao qual, se apresenta um segundo tema, mais tranquilo, cantável, que é seguido de um tema final virtuoso. Podem aparecer mais do que estes três temas como, por exemplo, entre o tema principal e o secundário, um tema de transição, movido, para realizar a modulação para a tonalidade da dominante em que se encontra o tema secundário e o resto dos temas.  Na parte final da exposição podem aparecer mais temas finais de caráter virtuoso e conclusivo. O caráter dos temas vai se unindo a certos tipos de frases.

Por outro lado, a partir do estilo clássico, o conteúdo da forma sonata distingue materiais temáticos e virtuosos. Independentemente do caráter de cada tema, este se completa com o material virtuoso, por que as sessões não se limitam a frase do tema, mas podem conter várias frases, contrastando-o com o material virtuoso. Este último parece uma coda da frase a que segue. Para ampliar as tensões à exposição, se segue uma sessão de desenvolvimento de duração e conteúdo indeterminados, pois pode ser mais curta ou mais longa segundo o plano do compositor. O desenvolvimento pode usar qualquer um dos temas, inclusive pode introduzir novos temas. Os temas apresentados sofrem umas transformações melódicas e tonais durante o desenvolvimento.

A forma sonata nos gêneros maiores

A forma sonata se caracteriza por seu dinamismo pelo qual se utiliza do primeiro movimento dos gêneros de solista, como a sonata e o concerto. Sua popularidade é tão grande que influencia as outras formas e chega a substituí-las no resto dos movimentos. Por outro lado, a forma sonata é usada em um grupo de obras que pertencem ao gênero de solo de concerto (obra de concerto, concertino). Por serem estas, de um só movimento, frequentemente o desenvolvimento corresponde a aquele que seria o segundo movimento lento dos gêneros de três movimentos enquanto que a reexposição corresponde ao terceiro movimento rápido. Esta forma encontramos na seguinte obra:

Clique nas imagens para ver melhor os detalhes, textos em espanhol.




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