quinta-feira, 30 de junho de 2016

Marinha, Exército e Aeronáutica oferecem mais de 1.000 vagas

As oportunidades são distribuídas entre os cargos de cadete, sargento, oficial, músico e médico.



Seis concursos para ingressos na carreira militar estão abertos pelo Exército, Marinha e Aeronáutica. Do total de 1.082 vagas, o Exército reúne 554, a Marinha 374 e a Aeronáutica oferece 154. Podem concorrer candidatos de níveis médio e superior nos cargos de cadete, sargento, oficial e médico. Confira abaixo os detalhes de cada seleção.

Exército I
A Escola Preparatória de Cadetes do Exército oferece 440 vagas para ingresso no curso de formação e graduação de oficiais de carreira da linha de ensino militar bélico, sendo que 400 são destinadas a homens e 40, a mulheres. As inscrições se encerram nesta terça-feira, 28 de junho, e podem ser feitas pelo site concurso.espcex.ensino.eb.br.

Para participar da seleção, os candidatos devem ter ensino médio completo, idade entre 17 e 22 anos e altura mínima de 1,60m (homens) e 1,55m (mulheres). Os inscritos serão submetidos às etapas de exame intelectual, a ser realizado em 10 e 11 de setembro, comprovação de requisitos biográficos, inspeção de saúde e exame de aptidão física. O curso de formação de nível superior será realizado em cinco anos em regime de internato (a matrícula está prevista para ser realizada em 18 de fevereiro de 2017), nas instalações da EsPCEx, em Campinas/SP.

Exército II
São 70 vagas de nível médio para admissão aos cursos de formação de sargentos das áreas combatente, logística-técnica, aviação, música e saúde. Para sargentos combatentes as áreas disponíveis são de infantaria, cavalaria, artilharia, engenharia e comunicações. Nestes casos, o período de qualificação será realizado na cidade de Três Corações/ MG. Para logística-técnica as áreas são material bélico (manutenção de armamento, mecânico operador e manutenção de viatura), manutenção de comunicações, topografia e intendência, com qualificação no Rio de Janeiro/RJ. E para aviação a área disponível é de manutenção, para qualificação em Taubaté/SP. Podem participar candidatos com nível médio e idade entre 17 e 24 anos.

Já para sargento-músico, as vagas são para os seguintes instrumentos: clarineta, fagote em dó/contra-fagote em dó, flauta em dó/flautim em dó, oboé em dó/corne-inglês, saxhorne, saxofone, tuba, trombone tenor/trombone baixo, trompa, trompete/ cornetim e flueghorne. E para saúde podem participar profissionais formados em enfermagem.

As inscrições podem ser feitas até 4 de julho, pelo site concurso.esa.ensino.eb.br. Haverá provas objetivas e discursivas em 9 de outubro, valoração de títulos, inspeção de saúde, exame de aptidão física e curso de formação.

Exército III
A seleção abriu 44 vagas de nível superior para oficiais nas áreas de ciências contábeis (7), direito (15), enfermagem (6), informática (10) e veterinária (2). Para se inscrever, os candidatos devem ter idade máxima de 36 anos.

Há ainda quatro vagas são para compor o quadro de capelães militares, sendo três para sacerdote católico romano e uma para pastor evangélico. Os requisitos para participar são idade entre 30 e 40 anos, curso de formação teológica superior e pelo menos três anos de atividades pastorais.

Haverá exame intelectual, em 18 de setembro, inspeção de saúde, exame de aptidão física, verificação documental preliminar, revisão médica e comprovação dos requisitos para matrícula no curso de formação do Colégio Militar de Salvador/BA (em 20 de março de 2017). As inscrições estão abertas até 5 de agosto e devem ser feitas pelo site www.esfcex.ensino.eb.br.

Marinha I
A formação de oficiais também é oferecida pela Marinha. Estão disponíveis 230 vagas para nível médio, sendo 140 para o Rio de Janeiro/RJ e 90 para Belém/PA, além de outras 100 vagas exclusivamente para médicos. As inscrições se encerram na próxima quinta-feira, 30 de junho. Candidatos de nível médio interessados em se inscrever devem ter idade entre 17 e 23 anos. No ato de inscrição o candidato deve escolher em qual centro de instrução irá atuar, seja no Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (Ciaga) ou no Centro de Intrução Almirante Braz de Aguiar (Ciaba). O cadastro deve ser feito pelo site www.ensino.mar.mil.br.

As provas serão aplicadas nos dias 3 e 4 de setembro. Haverá ainda seleção psicofísica, teste de suficiência física e verificação de documentos. O curso de formação começa em 30 de janeiro de 2017.

Os formados em medicina serão submetidos a seleção inicial com prova escrita de conhecimentos profissionais, redação, inspeção de saúde, teste de aptidão física, verificação de dados biográficos e prova de títulos. As inscrições devem ser feitas pelo site www.ensino.mar.mil.br e custam R$ 80. A partir de 1º de agosto, o candidato deverá consultar o mesmo site para obter a data, o horário e o endereço de realização das provas escritas. O candidato aprovado e classificado na Seleção Inicial fará o curso de formação em março de 2017, no Centro de Instrução Almirante Wandenkolk (CIAW), na cidade do Rio de Janeiro - RJ. A duração do curso é de aproximadamente 36 semanas.

Marinha II
Estão abertas 44 vagas para o cargo de segundo-tenente. A chance é para nível superior nas áreas de ciências náuticas, engenharia, e educação física. Para se inscrever, é preciso ter menos de 29 anos de idade. As inscrições poderão ser realizadas pelo site www.ensino.mar.mil.br até 29 de julho. O valor da taxa de inscrição é de R$ 70. Haverá prova escrita objetiva, redação, verificação de dados biográficos, inspeção de saúde, teste de aptidão física, verificação de documentos e avaliação psicológica. A partir de 24 de agosto o candidato deve estar atendo à divulgação da data e dos horários de realização da prova escrita.

Aeronáutica
O Comando da Aeronáutica abriu as inscrições para o concurso que oferta 154 vagas para médicos. As oportunidades são temporárias e de caráter voluntário. Há vagas para as cidades de Alcântara/MA, São Luis/MA, Belém/PA, Natal/RN, Parnamirim/RN, Recife/PE, Salvador/BA, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Guaratinguetá/SP, Pirassununga/SP, São José dos Campos/SP, São Paulo/SP, Guarulhos/SP, Canoas/RS, Santa Maria/RS, Anápolis/GO, Brasília/DF, Manaus/AM e Porto Velho/RO.

Podem se inscrever candidatos com idade até 45 anos. As inscrições devem ser feitas até 15 de julho, pelo site da FAB. Haverá avaliação Curricular, Concentração Inicial, Inspeção de Saúde Inicial, Concentração Final e Habilitação à Incorporação. 

Only You trombone quartet


quarta-feira, 29 de junho de 2016

Recall de cd da Maria Rita - Áudio da faixa 'Coração a batucar' foi substituído pelo de 'Um corpo só'



Capa do CD e DVD 'O samba em mim', de Maria Rita - Divulgação

Uma inusitada falha técnica causou um pedido de recall do novo CD de Maria Rita. A Universal Music, gravadora da cantora, anunciou nesta terça-feira que a oitava faixa do disco "O samba em mim – Ao vivo da Lapa", "Coração a batucar", teve seu áudio substituído pelo da música "Num corpo só", também da paulista. O CD/DVD ao vivo foi lançado no último dia 17.

"O consumidor que adquiriu as versões CD físico ou álbum digital poderá trocar seu produto sem ônus. Basta entrar e contato com o SAC da gravadora através da opção 'Contato' do site www.universalmusic.com.br para receber as instruções do procedimento de troca física ou digital", diz a nota enviada pela Universal.

Ainda de acordo com a gravadora, o problema só acontece nas unidades em CD do álbum. A versão em DVD de “O Samba em mim – Ao vivo da Lapa” está em conformidade com a lista de músicas.
A maré de azar de Maria Rita não tem dado trégua. A cantora paulista foi obrigada a cancelar a coletiva de imprensa para o lançamento do disco, marcada para esta terça-feira, por conta de problemas de saúde.

"Maria Rita contraiu caxumba, doença potencialmente contagiosa, ficando impossibilitada de comparecer ao compromisso agenda do previamente. Por recomendações médicas, a artista está de repouso absoluto e lamenta profundamente o ocorrido", dizia a nota enviada pela assessoria na última quinta-feira.


'Música popular brasileira é o que o povo ouve', diz Gusttavo Lima em PE

Cantor se apresentou na véspera de São Pedro, no São João de Caruaru.
Também cantaram Anjo Azul, Israel Filho, Caninana e Forró da Vaquerama.

Gusttavo Lima no São João de Caruaru 2016 (Foto: Lafaete Vaz/G1)


A véspera de São Pedro em Caruaru, Agreste de Pernambuco, contou com apresentações de Anjo Azul, Israel Filho, Caninana do Forró, Forró da Vaquerama e Gusttavo Lima. De acordo com a Polícia Militar, 70 mil pessoas acompanharam os shows da terça-feira (28) no Pátio de Eventos Luiz Gonzaga.

Com 10 anos de carreira, a banda recifense Anjo Azul abriu a noite com o forró romântico. "Já venho de outros shows em Caruaru. Sempre é um aprendizado estar aqui neste grande evento. É muito importante pra gente, sempre uma nova expectativa", diz o vocalista Wilames Siqueira.

Anjo Azul no 'Pátio do Forró' (Foto: Lafaete Vaz/G1)


A banda Forró da Vaquerama não figurava na grade oficial e foi anunciada momentos antes do show. Apesar da repentinidade, o grupo estava preparado. "É um prazer muito grande estar aqui. Graças a Deus estamos pela segunda vez", diz o cantor Xande Vaquerama.

O caruaruense Israel filho se apresentou ao lado da Companhia Olhares de Dança. Com muito forró tradicional, o músico ressaltou a importância de relembrar 'Gonzagão' no São João. "Faço questão. Foi através de Gonzaga que eu comecei a trilhar o caminho da música regional. Ele cantava as coisas que me faziam voltar à minha terra", finaliza.

Israel Filho ressaltou a importância de Luiz Gonzaga no São João de Caruaru (Foto: Lafaete Vaz/G1)


O cantor Caninana do Forró, conhecido por suas composições, trouxe muito romantismo para o 'Pátio'. Pela primeira vez no "Maior e Melhor", o músico afirmou estar realizando um sonho. "Participar do São João de Caruaru é a realização para qualquer artista do Brasil. É sem explicação, estou muito feliz", complementa o cearense natural de Assaré.

A atração mais esperada arrastou uma multidão de vários lugares do Nordeste. Vinda de Petrolina, Sertão de Pernambuco, a estudante Fernanda Rodrigues, 17 anos, estava ansiosa. "Passei a noite toda no ônibus e cheguei aqui três horas da tarde. Assisti um show dele semana passada, mas o amor é demais. Ele é tudo para mim", conta a fã que veio sozinha.

Fãs de Gusttavo Lima (Foto: Lafaete Vaz/G1)


"Saí do Recife às 6h, estou aqui no pátio desde às 15h para ficar na grade. Estou morrendo de expectativa. O show é maravilhoso, ele é maravilhoso", afirma a comerciante Andreza Pirlo, 30 anos, fã de Gusttavo há seis anos.

A espera acabou quando às 1h20, já na quarta (29), dia de São Pedro, o sertanejo subiu pela segunda vez no palco do "Maior e Melhor" São João. "É uma responsabilidade muito grande tocar no São João de Caruaru. É a capital do forró, do São João do Brasil inteiro. A gente fica muito feliz com o convite, com a oportunidade de mostrar o nosso trabalho. Espero que seja especial para eles [fãs] do mesmo jeito que será para mim", contou Gusttavo Lima antes de subir ao palco.

Gusttavo chamou uma fã para subir no palco durante o show (Foto: Lafaete Vaz/G1)


"O povo costuma taxar que música popular brasileira é Tom Jobim e Caetano Veloso. Respeito demais, mas pra mim, música popular brasileira é o que o povo ouve, o que o Brasil escuta. As duas músicas mais tocadas hoje são o sertanejo e o forró", enaltece o artista.


A última noite de shows do São João de Caruaru 2016 será na quarta-feira (29). Se apresentam no 'Pátio do Forró' no dia de São Pedro os cantores Gean Mota, Jonas Esticado, Lucas Costa, Bell Marques e Assisão - anunciado apenas na terça.

E você leitor? Concorda com o cantor? Música popular brasileira (MPB) é a que o povo ouve? Deixe sua opinião nos comentários

Experimentação no caminho certo

A arte nasceu livre, solta para ser desenhada, escrita, poetizada, pintada, cantada, expressada como se quiser. E é assim, como alguém solto no mundo, sem mapa a seguir e na contramão dos artistas enlatados e dos refrãos grudentos que trabalha o Otis Trio.



Nascido em Santo André em 2007, o grupo formado por João Ciriaco (contrabaixo), Flavio Lazzarin (bateria) e Luiz Galvão (guitarra) segue na vida de forma independente, com foco na música instrumental e lança seu segundo disco, Vida Fácil (R$ 5, em média), que pode ser comprado pelo site do conjunto (www.otistrio.com). O Otis Trio mostra o resultado do álbum em show na sexta-feira, no palco do 74 Club, em Santo André, a partir das 20h. As entradas custam R$ 10 e podem ser compradas na porta do espaço.

Entre as influências de seu cancioneiro estão temperos bebop, free jazz e também do jazz europeu. Regras? Nenhuma. “Não existem muitas bandas neste segmento, mas acredito que o que dá uma pitada diferente no Otis é que a gente não é formado em música nem exímios instrumentistas, o som é sujo de natureza já”, diz o contrabaixista.

O novo disco do grupo, que tem seu título em homenagem a Alfred Hitchcock – o Otis Trio fez trilha em eventos do Sesc pelo centenário do cineasta enquanto o filme Easy Virtue, Vida Fácil era exibido –, é composto por dois temas de pouco mais de 20 minutos cada.

Na faixa que dá nome ao trabalho, muita bagagem é mostrada e a música toma caminhos inesperados, com ousadia e experimentos. Miranda, tema que encerra o disco, apresenta diversos arranjos de sopro e foge a qualquer regra. Tudo orgânico e sem edição. “O disco não demorou para ser gravado. Chegamos ao estúdio às 9h para a montagem, quando eram 13h já tínhamos gravado as duas músicas”, conta Ciriaco.

Para a empreitada, o grupo conta com alguns convidados especiais e já conhecidos na cena musical: Amilcar Rodrigues (trompete), Richard Fermino (clarone e trombone), Beto Montag (vibrafone), André Calixto (saxofone e flautas) e Bio Bonato (saxofone barítono). Todos eles estarão presentes no show.

Otis Trio – Show. No 74 Club – Rua Itobi, 325. Santo André. Na sexta-feira, a partir das 20h. Ingr.: R$ 10.


terça-feira, 28 de junho de 2016

Jota Quest confirma show em Itapecerica MG


Rolando Boldrin registra música feita "de brincadeira com essas duplas sertanejas ricas"

Com seu novo disco, 'Lambendo a colher', músico que irá completar 80 anos põe fim a hiato de quase uma década em sua discografia.

Além de lançar disco, Rolando Boldrin vive no cinema um personagem "muito místico" no novo longa-metragem de Selton Mello, ainda inédito (foto: Matheus José Maria/Divulgação)
Rolando Boldrin, que completará 80 anos em outubro, está naquela fase da vida em que já acumulou enorme conhecimento, ainda tem disposição considerável e já se permite falar o que pensa sem ter de fazer tanta “edição”. Músico, ator e apresentador de televisão, beira as seis décadas de carreira, incluindo 35 novelas, 15 peças, quase 30 discos e a criação de Som Brasil, importante programa dedicado à música brasileira, que criou em 1981 para a Globo e cujo formato explora atualmente na TV Cultura, sob o nome Sr. Brasil. E, como defensor da cultura caipira, permanece incomodado com os artistas brasileiros que preferem “se vestir de faroeste”.

Começa dando o exemplo do cantor Sérgio Reis: “É meu amigo, mas tenho birra com ele pela imagem country. Jamais irá ao meu programa. Ele tem voz melodiosa, canta tão bonito. Para que por essa roupa? Na época, achava-se que só teria como fazer sucesso se fosse assim. Chamei-o para o meu programa, e ele falou que não tiraria o chapéu nem para o Fantástico. Falei que assim não ia dar. As duplas que vão ao meu programa vão sem roupa de show, sem chapéu. É um programa sobre o Brasil. Algum deles usa chapéu em casa? Essa imagem me aborrece, porque sou nacionalista. Canto o meu país desde os sete anos”.

O problema, aponta, começou no fim dos anos 1950, com artistas nacionais incorporando influências externas que considera de “mau gosto”. “Copiaram o pior, para ganhar dinheiro. Não tenho nada contra os intérpretes, de quem sou amigo, respeito e até levo ao meu programa. Chitãozinho & Xororó, por exemplo, foram ao programa e foi uma beleza, embora gostem de cantar coisas que acham que vende mais. Aliás, tem cantor romântico tipo Roberto Carlos que não sei porque se chama de sertanejo. O Daniel é um exemplo e ele tem projeto com o pai só de moda de viola que é muito legal, mas para fazer sucesso, é o Daniel romântico.”

Foram pensamentos como esses que o levaram a gravar A moda do invejoso, canção de autoria própria com a qual abre Lambendo a colher, disco que acaba de lançar e põe fim a hiato de quase uma década em sua discografia. Os versos expressam como se sente um violeiro da roça diante do sucesso das duplas sertanejas milionárias: “Minha voz é bem aguda / Meu irmão é afinado / Nóis cantando a coisa muda / Pra quem véve apaixonado / Nóis conhece uns caboclinhos / Que vieram do roçado / Hoje tem muitas fazenda / Muita criação de gado”.

“Fiz de brincadeira com essas duplas sertanejas ricas que gravam música de consumo, de mau gosto para burro”, conta. Em vez da viola e do violão, que há anos o acompanham, Boldrin resolveu arranjar a composição roceira de maneira diferente, chamando para o estúdio dois músicos de peso, o pianista Nelson Ayres e o flautista Teco Cardoso. Nas outras nove faixas do repertório, formações diferentes para dar vida a mais composições inéditas dele e outras de autores que marcaram sua trajetória, mas que também ainda não havia gravado.

“Não faço música toda hora, mas tenho coisas muito representativas. Vide vida marvada, por exemplo, é minha. Essa música começou na Globo e está no ar há mais de 30 anos, na abertura do meu programa”, conta. Em relação ao disco novo, ele cita, de sua autoria, o samba Maria Isabel: escrito nos anos 1960, não foi gravado em razão da censura imposta a ele durante o período de ditadura no país. “Outras não passaram pelo mesmo motivo, mas essa foi marcante”, conta. Vale lembrar que Boldrin chegou a atuar em grupos de teatro como o Arena, que tem no histórico momentos de enfrentamento político.

PSICOGRAFIA 


Há duas canções no mínimo curiosas em Lambendo a colher, ambas atribuídas pelo artista a Noel Rosa. A primeira delas, O tal da Barata, é apresentada por Boldrin no encarte como “música inédita de Noel Rosa”. Ela lhe foi cantarolada pelo ator Geraldo Gambôa, nos anos 1960, num bar paulistano. Em tese, Noel recebeu dele a encomenda de uma música para um número de teatro de revista em que se vestia de mulher. “Achei que aquilo parecia com a escrita do Noel e confiei na palavra do Geraldo, tanto que atribuí ao Noel. Fizemos pesquisa e, se aparecer alguém reclamando, a gente vê”, brinca.

Já a segunda, Vila Isabel do espaço, tem gênese igualmente “problemática”, conforme relata Boldrin: “O autor da melodia, o grande maestro Hervé Cordovil, era muito meu amigo e, no início de carreira, eu conversava muito com ele. Sou apaixonado por Noel, sei tudo dele, e a letra me convencia de que era ele o autor. Depois é que o Hervé me contou que entrou num centro espírita e a letra foi psicografada. Aconteceu duas vezes de o Noel chamá-lo no centro espírita, e ele só atendeu na segunda vez”. Cordovil e Rosa são parceiros – nos termos tradicionais da palavra – em outra canção, Triste cuíca.

Ainda nessa categoria pode ser enquadrada De Maracangalha, chega, atribuída ao sambista carioca Dunga por Rubens Leite, este último conhecido por imitar cantoras da Era do Rádio e de quem Boldrin se tornou amigo décadas atrás, quando trabalhava como sapateiro em Catanduva, no interior de São Paulo. Seria resposta ao sucessoMaracangalha, de Dorival Caymmi. Completam o repertório o tema próprio Mariana e o trem de ferro e as gravações de Isso eu não faço (Tom Jobim), Canção primeira(Geraldo Vandré), Quem me compreende (Ary Barroso e Bernardino Vivas) e Romance de uma caveira (Chiquinho Sales, Alvarenga e Ranchinho).

TELONA 

Em relação ao título do novo disco, o artista faz questão de esclarecer que não é uma sinalização de que vai parar de lançar discos (versão em LP do atual está a caminho). Ao contrário, já pensa no Lambendo a colher 2. “Tenho um arquivo estupendo”, revela. Não por acaso, anuncia participação em O filme da minha vida, longa de Selton Mello baseado no romance Um pai de cinema, do escritor chileno Antonio Skármeta, ainda sem previsão de lançamento. “Faço um maquinista de Maria Fumaça. Deixei a barba crescer, é um personagem muito místico. Já ganhei prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte no cinema”, orgulha-se.

Exército abre vagas para militar temporário em Santa Maria

Os interessados poderão realizar a pré-inscrição até 1º de julho

Foto: Jean Pimentel / Agencia RBS


O Comando da 3ª Região Militar (Porto Alegre-RS) publicou a realização de processo seletivo destinado à convocação de profissionais de nível superior e técnico para o exercício de atividades técnicas especializadas no âmbito do Exército Brasileiro.

Os convocados serão incorporados na situação de Aspirante a Oficial, nível superior, para os candidatos ao Estágio de Serviço Técnico (EST) e de 3º Sargento, nível médio, para os candidatos ao Estágio Básico de Sargento Temporário (EBST).

Ação do Exército em jogo do campeonato amador de Santa Maria simulou atuação para a Olimpíada

Na Guarnição Federal de Santa Maria, são as seguintes áreas de interesse para nível superior, totalizando 23: Administração, Arquitetura, Direito, Comunicação Social (Relações Públicas), Ciências Contábeis, Enfermagem, Enfermagem com experiência em Auditoria, Engenharia Civil, Engenharia da Computação, Engenharia Elétrica, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Informática, Magistério Física, Magistério Geografia, Magistério Inglês, Magistério Matemática com especialização em Desenho, Magistério Português, Magistério Sociologia, Nutrição, Pedagogia, Psicologia, Psicologia com Especialização em Educação Especial.

General que comandou a 3ª DE de Santa Maria assume ministério em Brasília

No nível técnico-profissional, são 26 as áreas de interesse: Técnico Agrícola, Técnico Artífice em Máquinas/Ferramentas, Técnico em Administração, Técnico em Comunicação Social, Técnico em Contabilidade, Técnico em Edificações, Técnico em Eletricidade Automotiva, Técnico em Enfermagem, Técnico em Enfermagem com especialização em APH, Técnico em Informática com experiência em Linux e Windows, Técnico em Inspeção Alimentar, Técnico em Instrumento Musical Flauta em DÓ, Técnico em Instrumento Musical Saxofone em SIB, Técnico em Instrumento Musical Tímpanos, Bumbo ou Pratos, Técnico em Instrumento Musical Trombone Tenor em SIB, Técnico em Instrumento Musical Trompete em MIB, Técnico em Instrumento Musical Tuba em MIB, Técnico em Laboratório, Técnico em Manutenção Automotiva, Técnico em Manutenção de Equipamentos Médicos Hospitalares, Técnico em Metalurgia com experiência em soldagem, Técnico em Programação, Técnico em Química, Técnico em Radiologia, Técnico em Tornearia Mecânica e Técnico em Eletrônica.

Os interessados poderão realizar a pré-inscrição até 1º de julho de 2016, por meio do site www.3rm.eb.mil. br conforme especificado no aviso de seleção, e os candidatos precisam ter, no mínimo, 19 anos de idade e, no máximo, 37 anos de idade, em 31 de dezembro de 2017.Informações complementares e o regulamento completo da seleção estão disponíveis no site  www.3rm.eb.mil. br 


Escola de Música de Brasília abre 1.798 vagas nesta terça-feira

Interessados têm até 4 de julho para se inscrever; há 30 modalidades.
Seleção inclui sorteio, entrevistas e provas práticas, informou a instituição.

Aula de piano na Escola de Música de Brasília (Foto: Andre Borges/Agência Brasília)


Aula de piano na Escola de Música de Brasília (Foto: Andre Borges/Agência Brasília)
Começam nesta terça-feira (28) as inscrições para 1.798 vagas na Escola de Música de Brasília. São 264 oportunidades para cursos de iniciação, conhecimento básico e musicalização infanto-juvenil, destinados a estudantes de 8 a 14 anos, e 1.534 vagas para educação profissional técnica e para formação inicial e continuada, voltadas a candidatos a partir dos 15 anos.

Os interessados têm até 4 de julho para se inscrever pelo site em uma das 30 modalidades. Quem não tem acesso A internet pode se cadastrar por meio de computadores colocados no saguão da instituição, na 602 Sul, das 9h às 11h30 e das 14h30 às 18h.

Professor dá aula na Escola de Música de Brasília (Foto: Andre Borges/Agência Brasília)

A seleção inclui sorteio – no caso de candidatos sem conhecimento musical prévio – e entrevistas e provas práticas, a depender da modalidade pleiteada. Para os cursos técnicos, há ainda uma prova teórica. Os sorteios ocorrem de 6 a 8 de julho, a partir das 19h, no teatro da escola, e seguem o número de inscrição do candidato, conforme consta do edital. As formações são em áreas como alaúde, canto, contrabaixo, guitarra, trombone e violino.

As provas práticas para os cursos técnicos e para arranjo estão marcadas para 8 de julho, em três horários: às 8h, às 14h e às 19h. Já as práticas para os cursos básicos e para musicalização serão em 9 de julho, às 8h, às 14h e às 19h. As provas teóricas acontecem em 15 de julho.

Estudante treina com instrumento na Escola de Música de Brasília (Foto: Andre Borges/Agência Brasília)
A Escola de Música de Brasília oferece cerca de cem cursos de música e tem 240 profissionais no quadro de professores. A instituição atende 2.480 alunos, de idades variadas. São diversos níveis de formação: da iniciação musical à formação técnica.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Música inédita de Cristiano Araújo é lançada



Uma música inédita de Cristiano Araújo foi lançada no último domingo (26). Vai Doer já está disponível no YouTube e é a primeira das 15 músicas que ele gravou pouco antes de morrer.

"Apaguei a luz do quarto, da cama, no travesseiro, tem o seu cheiro para todo lugar. Deixa o rádio ligado, está na hora, é a hora, essa música já vai tocar. Não atende o telefone, não responde, e eu aqui tão só. Vai Doer, e eu sei que não sou capaz de esquecer o amor que você faz. Se antes eu bebia, agora estou bebendo mais, está doendo demais", diz um trecho da letra da música.

Uma biografia e outros materiais inéditos do cantor estão previstos para sair entre este ano e 2017. "É importante manter sempre em evidência. Estamos fazendo tudo com muito cuidado, porque é preciso lançar apenas material que seja memorável", comentou o irmão Felipe Araújo em entrevista ao R7

Veja o vídeo com a nova música:


Vai Doer - Cristiano Araújo - MÚSICA INÉDITA por thevideos11

Nutricionista une acordes musicais e promoção à saúde.


Tânia Bicalho é de Juiz de Fora e foi tema do  'Tô Indo' do último sábado

Nutricionista de Juiz de Fora investe em 'música saudável' (Foto: Divulgação)

“Menos sal, menos sal. Muito sal faz mal, muito sal faz mal”. Esse trecho faz parte de uma das canções autorais da mineira de Juiz de Fora, Tânia Bicalho. Ela é cantora e nutricionista e foi tema do Tô Indo do último sábado (25).

Tânia Bicalho trabalha com o que ela intitulou de Música Popular Nutritiva (MPN) e incentiva a alimentação saúdável de forma divertiva. Mário esteve com ela na feira e caiu na cantoria e também na dança. 

A mineira revelou que por meio da música consegue trabalhar até mesmo a prevenção de doenças, independentemente do público. "Não trabalho com limites de faixa etária. Um dia estou na creche, em outro com adultos ou idosos. Com cada um dos públicos, trabalho uma abordagem diferente. Vale a pena", disse. 

Tânia Bicalho ensina como se alimentar de forma divertida (Foto: Divulgação)


Além das músicas autorais, Tânia Bicalho também faz paródias e se aventura em ritmos que vão desde o MPB ao funk. 


Festival de Inverno de Tibagi tem competição de música sertaneja

Evento na região dos Campos Gerais ocorre entre 2 e 30 de julho.
Concurso recebe inscrições individuais e de grupos até 3 de julho.

2º Festival de Inverno de Tibagi tem Concurso de
Música Sertaneja (Foto: Divulgação)


O 2º Festival de Inverno de Tibagi, na região dos Campos Gerais do Paraná, começa no dia 2 de julho e segue até o dia 30 do mesmo mês.

Entre as atrações do evento, está o Concurso de Música Sertaneja, com inscrições abertas até 3 de julho. Faça a sua inscrição aqui.

Músicos profissionais ou não e também grupos de até sete pessoas podem se inscrever.

A competição é dividida em duas etapas de eliminatórias e em duas categorias: sertanejo de raiz e sertanejo universitário. O concurso oferece uma premiação de R$ 1,5 mil e R$ 500 em dinheiro para o primeiro e segundo colocados, respectivamente.

Além do concurso, a programação do Festival de Inverno de Tibagi inclui a escolha da Miss Trigo Show, peças de teatro, exposições e shows musicais.

Confira abaixo programação completa do Festival de Inverno:

5 de julho
- Abertura oficial
- Estreia do Espetáculo Ensaios sobre o Cérebro
Local: Teatro Tia Inália, às 20h

7 de julho
- Espetáculo Ensaio sobre o Cérebro
Local: Teatro Tia Inália, às 20h

8 de julho
- Espetáculo Ensaio sobre o Cérebro
Local: Teatro Tia Inália, às 20h

9 de julho
- Abertura oficial do Salão do Diamante
Local: Museu Des. Edmundo Mercer, às 16h
- I Seletiva do Concurso de Música Sertaneja 2016
Local: Teatro Tia Inália, às 20h

10 de julho
- Espetáculo Ensaio sobre o Cérebro
Local: Teatro Tia Inália, às 20h

12 de julho
- Estreia do Espetáculo Queridos Amigos
Local: Teatro Tia Inália, às 20h

15 de julho
- Espetáculo Queridos Amigos
Local: Teatro Tia Inália, às 20h

16 de julho
- II Seletiva do Concurso de Música Sertaneja
Local: Teatro Tia Inália, às 20h

17 de julho
- Espetáculo Queridos Amigos
Local: Teatro Tia Inália, às 20h

19 de julho
- Espetáculo Queridos Amigos
Local: Teatro Tia Inália, às 20h

21 de julho
- Estreia da peça teatral Peça Ruim
Local: Teatro Tia Inália, às 20h

22 de julho
- Mostra aberta de Tibagi – Prata da Casa
Local: Teatro Tia Inália, às 20h

23 de julho
- I Fórum de Turismo Rural e Ecoturismo Caminhos do Tibagi
Local: Teatro Tia Inália, das 8h às 17h
- Etapa final do Concurso de Música Sertaneja
Local: Teatro Tia Inália, às 20h30

24 de julho
- Peça teatral Peça Ruim
Local: Teatro Tia Inália, às 20h

26 de julho
- Peça teatral Peça Ruim
Local: Teatro Tia Inália, às 20h

28 de julho
- Espetáculo Ensaio sobre o Cérebro
Local: Teatro Tia Inália, às 20h

29 de julho
- Espetáculo Queridos Amigos
Local: Teatro Tia Inália, às 20h

30 de julho
- Concurso da Miss Trigo Show
Local: Praça Edmundo Mercer, às 20h
- Show com Eric e Matheus
Local: Praça Edmundo Mercer, às 22h













Adele erra música, fala 33 palavrões e se emociona.

Uma das cantoras mais populares da atualidade, a inglesa fechou o segundo dia de evento.

A cantora Adele no festival de Glastonbury, em 2016 - STOYAN NENOV / REUTERS

Um dos maiores festivais de música do mundo recebeu uma das cantoras mais populares da atualidade. Convocada a fechar o segundo dia de Glastonbury, Adele pisou no palco na noite deste sábado, em sua Inglaterra natal, mudou letra de um de seus hits, errou o começo de outro, levou uma criança de 10 anos para o palco, falou palavrões 33 vezes (é sério, o jornal "The Mirror" contou), mas também ficou sem palavras ao fazer uma das maiores apresentações de sua carreira.

Ao abrir o show com o recente hit "Hello", a cantora mudou o verso "I'm in California dreaming" ("estou no sonho californiano") para "I'm in Glastonbury dreaming" ("estou no sonho de Glastonbury"). Algumas músicas depois, ela pediu para que o público fosse iluminado, de modo que pudesse vê-lo. "Quero que um de vocês suba aqui e diga olá para mim", disse ela, em alusão ao seu single.

Adele escolheu então uma garotinha de 10 anos. "Eu tenho vindo para Glastonbury desde que tinha sua idade, minha querida. Glastonbury significa o mundo para mim. E eu nem estou mentindo", contou a cantora, que tirou uma selfie no palco com a menina.

Público de Adele no festival de Glastonbury - Jonathan Short / AP


Ao cantar "River Lea", um problema: Adele errou o começo da música e precisou recomeçar. "Estou sem ar, não estou acostumada a dançar tanto!", brincou. A música recomeçou e Adele se enrolou mais vezes, mas decidiu prosseguir. "Merda, eu fiz tudo errado", disse, rindo enquanto cantava. "Esse é o momento perfeito para foder uma canção", brincou.

A cantora aproveitou o espaço para desdenhar de um ex, que tentou voltar para ela "a despeito de ela estar casada e ter um filho". "Vocês têm alguém na sua vida que desejam não ter?", questionou, completando com uma indireta para o tal ex, a quem dedicou "Send my love (To your new lover)": "Você mora com a sua mãe".

Em dado momento, o show teve que ser interrompido para que um fã, que passava mal, pudesse ser retirado do meio da multidão que lotava a Worthy Farm, em Pilton. A cantora de Tottenham, claro, aproveitou a situação para comentar o resultado do Brexit, votação em que os britânicos decidiram pela saída do Reino Unido da União Europeia. “É um pouco estranho tudo o que está acontecendo neste momento com todos nós, nós precisamos olhar uns aos outros", disse ela.

Adele, que disse ter se inspirado no show Kanye West em Glastonbury 2015 para aceitar o convite do festival, contou ter sido inspirada pelo Garbage. Segundo a cantora, ela não gravou um clipe para "Skyfall", tema do penúltimo filme do 007, por não ser Halle Berry, ex-Bondgirl. "Eu estava grávida de 9 meses e estava para parir. E eu não me pareço com a Halle Berry. Você não quer gravar um vídeo para uma música de James Bond se você não se parece com Halle Berry", brincou.

Depois de 14 canções de seus três discos, "19", "21" e "25", Adele encerrou o show com "Someone like you". Segundo os críticos da "NME", ela teve "a habilidade extraordinária de criar um senso de intimidade no maior palco do maior festival do mundo".


Festa Folklore une música, gastronomia e vinhos na sexta (1°/7)

Em clima junino, balada terá os DJs cariocas Zeh Pretim (Baile do Zeh Pretim) e Cix & Yasmin (DJs Ibiza), Wax Project e Paula Torelly, além da banda Samba de Santa Clara, tocando Ben Jor.



Combinando gastronomia, música e vinhos, a festa Folklore ocupa o estacionamento da antiga Churrascaria Porcão — ao lado do Shopping Pier 21 –, no sábado (1º/7). Elementos do folclore e da cultura nacional vão inspirar a balada junina, anunciada como uma releitura brasileiríssima de festivais de música e artes internacionais, a exemplo do Coachella.

No som, um time de DJs que inclui os cariocas Zeh Pretim (criador e residente do Baile do Zeh Pretim — foto no alto) e a dupla Cix & Yasmin (projeto DJs Ibiza) e os brasilienses Wax Project (Luiz Antony e Anndrey Mansuer) e Paula Torelly. No palco principal, terá música ao vivo com a banda Samba de Santa Clara, que toca o repertório de Jorge Ben Jor.

A Folklore estreou no No Rio de Janeiro, como o nome de Wine Haus. Desde então, fez três edições. O produtor Paulo Victor Paim aposta que a fórmula vai pegar também por aqui. “Apreciar comidinhas, tomar um bom vinho e se divertir ouvindo boa música. A Folklore veio pra acrescentar e ficar no calendário de inverno de Brasília”, promete Paim.

Em torno das pistas de dança e do palco, a festa terá barraquinhas de comidas típicas e bares, onde serão vendidos drinques como sangria e clericot. Além, haverá uma miniadega, montada em parceria com a Adega do Vinho.

Dia 1º/7 (sexta), a partir das 22h. No estacionamento da antiga Churrascaria Porcão (Setor de Clubes Esportivos Sul, ao lado do Shopping Pier 21; informações: 3364-4730 e 9937-6232). Ingressos a R$ 70 (mulheres) e R$ 90 (homens) — preços de primeiro lote, sujeitos a alteração). À venda no Versão Brasileira (204 Sul), Mercadito (202 Sul), Universo Masculino (Gilberto Salomão), Tmaki (Pier 21), Cantucci (403 Norte), Koni (Águas Claras), DCE Ceub (Asa Norte) e no site da Fun Entretenimento.


domingo, 26 de junho de 2016

Músico do Maranhão é convidado para tocar no Reino Unido.

Músico brasileiro é descoberto por dono do Cavern Club


Cantor Gui Lopes é convidado para tocar em festival dedicado aos Beatles, em Liverpool

O cantor e compositor Gui Lopes - Leo Siqueira / Divulgação

RIO

— Em setembro passado, o jovem cantor e compositor Gui Lopes, de 23 anos, viu cair em seu colo uma oportunidade que todo músico que tem os Beatles como referência gostaria de ter.

— Eu estava tocando meu repertório mais popular (que vai de Caetano Veloso a Netinho) no quiosque Praia Lanches, em Copacabana, quando veio a vontade de cantar “Let it bleed”, dos Rolling Stones. Foi aí que um casal de senhores se interessou, e a mulher me pediu para tocar duas músicas dos Beatles. Fiz “Let it be” e “Hey Jude” e, no dia seguinte, o cara anotou meu e-mail. Era uma espécie de teste — conta.

O cara era Bill Heckle, proprietário do lendário Cavern Club, casa de shows de Liverpool onde Paul McCartney, John Lennon, George Harrison e Ringo Starr iniciaram suas carreiras. Por e-mail veio o convite para participar da International Beatleweek, festival que acontece entre os dias 24 e 31 de julho, na cidade onde tudo começou. Cerca de 70 artistas de 20 países estarão no evento, que contará com shows no próprio Cavern Club e em outros locais, como a Liverpool Central Library e o bar e restaurante Alma de Cuba. Gui fará dez apresentações por lá.


DO MARANHÃO PARA O RIO

Nascido em Imperatriz, no Maranhão, e morando no Rio desde 2012, o músico se prepara para lançar, no fim do ano, seu terceiro disco autoral, batizado de “Se eu contar o que eu vi” — “um disco denso de hardcore meio progressivo”, que conta com produção de Luã Mattar, filho de Elba Ramalho. Enquanto isso, Gui Lopes tenta vender 2 mil unidades de uma coletânea de seus trabalhos anteriores pelo projeto “Ponte Liverpool’’. A intenção é viabilizar a ida do baixista Tarcísio Schellin e do percussionista Berbel, que costumam tocar com ele em bares e restaurantes cariocas, para a Beatleweek.


— O festival arca com a hospedagem e os custos em Liverpool, mas o transporte fica por conta do artista. Deve dar uns R$ 6 mil por pessoa — explica Gui, antes de adiantar o repertório que pretende levar para o festival. — Dei uma pesquisada, e muitos dos que participam do evento fazem cover mesmo, imitando até o visual. Minha intenção é levar músicas que duvido que os outros vão tocar. Trocar “Help” por “A day in the life”, por exemplo. Meu perfil vocal bate mais com as músicas do John, então é nisso que eu vou focar.

E você leitor, o que acha destas oportunidades que podem surgir a qualquer momento? 


sábado, 25 de junho de 2016

Orquestra Sinfônica de Campinas faz apresentação gratuita em paróquia

Sob a regência de Simone Menezes, o concerto tem início às 18h30. Programação terá obras de Camargo Guarnieri, Nino Rota e Beethoven.


Orquestra Sinfônica da Unicamp, de Campinas (SP) (Foto: Marília Vasconcellos )

Sob a regência de Simone Menezes e solo do trombonista Wilson Dias, a Orquestra Sinfônica de Campinas (SP) faz uma apresentação gratuita neste sábado (25) na Paróquia São José, a partir das 18h30.

O programa tem início com a “Abertura Concertante”, do compositor brasileiro Camargo Guarnieri, seguindo a apresentação com o “Concerto para Trombone e Orquestra”, do italiano Nino Rota, conhecido por suas trilhas para cinema, e encerra com a clássica “Sinfonia nº 7 em lá maior”, do alemão Ludwig van Beethoven.
Simone Menezes (Foto: Divulgação/ Rodrigo Cancela)Simone Menezes irá reger apresentação em
Campinas(Foto: Divulgação/ Rodrigo Cancela)
Músicos


O solista Wilson Dias é professor de eufônio da Emesp-Escola de Música do Estado de São Paulo, trombone solista da Orquestra Sinfônica de Campinas e regente da Banda Carlos Gomes, de Campinas, e da Orquestra Filarmônica Popular de Campinas.

Já Simone Menezes é natural de Brasília, e tem dirigido orquestras na França, Estados Unidos, Portugal e leste europeu, além de algumas das principais orquestras brasileiras.


Programação
Concerto da Orquestra Sinfônica de Campinas
Regente: Simone Menezes.
Solista: Wilson Dias, trombone
Quando: sábado (25)
Horário: 18h30.
Onde: Paróquia São José – Rua 24 de Maio, 477. Vila Industrial. Campinas, SP
Preço: grátis

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Esta quinta-feira, Sei Miguel apresenta na Galeria Zé dos Bois (Five) Stories Untold

Nuno Martins


“Entre a década de 80 e o ano de 2012, a música foi, para mim, uma actividade ininterrupta entre composição, orquestração e direcção”, diz Sei Miguel ao PÚBLICO. De tal forma que só desde 2012 é que o músico diz ter-se dedicado plenamente à trompete de bolso, o seu instrumento de sempre. Esse marcador temporal que o músico estabelece leva-o a falar pacificado de muitas gravações do seu “percurso não poucas vezes solitário” que se terão perdido. Perderam-se e ainda bem que se perderam, garante. A perda não significa forçosamente uma tragédia e terá, talvez, ajudado a que percebesse melhor aquilo que gostaria de fixar em disco e a mais bem peneirar a sua profícua actividade. (Five) Stories Untold, disco acabado de publicar pela portuguesa Clean Feed e apresentado esta quinta-feira ao vivo na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, integra-se nesse discernimento de apenas acrescentar ao mundo aquilo que seja, de facto, determinante no seu percurso.


(Five) Stories Untold é composto por músicas que “partilham talvez um carácter narrativo latente, um pouco misterioso”, mas cuja existência se deve também à oportunidade de poder contar com os músicos certos – Fala Mariam (trombone), Moz Carrapa (guitarra), Luís Desirat (bateria), Rodrigo Amado (saxofone) ou Pedro Lourenço (baixo). Qualquer uma das cinco criações foi já experimentada por Sei Miguel com várias formações e orquestrações, resultando aqui em versões que obedecem a uma tentativa de “afinar uma determinada composição”, em trio, quinteto ou octeto. Como se na sua vida mutante, o músico conseguisse, neste ou noutro momento, deitar a mão às suas invenções e fixar-lhes apenas por breves instantes uma das suas formas inconstantes.

Nuno Martins


Apesar de mais directamente herdeiro da linguagem larga do jazz e da música improvisada, Sei Miguel é muitas vezes apontado como um admirador de John Cage e de Alvin Lucier, sugerindo-se até que importa alguma dessa admiração para os seus temas. Ele coloca travões na ideia. “Estudei o que pude da obra e da pessoa do Cage”, admite. “E ainda estudo. Admiro alguns trabalhos do Lucier, mas não tenho nem a formação nem as ferramentas para poder ser influenciado por ele.” Fazedor de uma música esquiva e eminentemente livre, Sei Miguel acredita que esta se encontra por completo “inserida na jovem e já vertiginosa tradição do jazz”, acrescentando, porém, que “este não é um assunto pacífico”. “E já não tenho tempo nem saúde para me gastar nele.”

Bichos vivos

Próximo nos anos 1980 do efervescente caldeirão criativo que borbulhava em torno da editora Ama Romanta (fundada por João Peste), por onde se encontravam também Pop dell’Arte, Telectu, Nuno Canavarro, Cães Vadios ou Santa Maria, Gasolina em teu Ventre, e onde lançou o histórico Breaker (1988), Sei Miguel foi sempre uma ilha na música portuguesa. A sua música distendida e avessa a classificações definitivas foi vogando pelos anos seguintes e encontrando em Fala Mariam, César Burago, Manuel Mota, Rafael Toral ou, mais recentemente, Pedro Gomes cúmplices fundamentais para o desenvolvimento de uma obra singular.

A ligação à Clean Feed permitiu-lhe, desde 2010, passar para disco e com uma considerável projecção internacional o cúmulo a que a sua música tem chegado. Primeiro, com a edição deEsfíngico – Suite for a Jazz Combo (2010), depois com Salvation Modes (2014), à frente de um colectivo alargado que em parte encontrávamos também no seu projecto Carro de Fogo. “É a minha ovelha negra”, diz desse colectivo. “É o renascer – maduro – dos Moeda Noise [trio que manteve nos anos 80]. O país actual não está a fim de me deixar manter esse bicho vivo. O Carro de Fogo é uma música à parte na minha música.” E esse talvez seja, afinal, o epíteto mais justo para Sei Miguel: um músico à parte, como nenhum outro.