Estudante de 17 anos descobriu
malformação em artéria há um ano.
Moradora de Senhor do Bonfim passou por tratamento de fonoaudiologia.
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Jovem passou por seis meses de tratamento de fisioterapia (Foto: Reprodução/TV São Francisco) |
Em abril do ano passado, a
estudante Nielly Carneiro, de 17 anos, de Senhor do
Bonfim, norte da Bahia, descobriu um problema de saúde grave no cérebro,
teve que passar por uma cirurgia, acabou perdendo a fala e movimentos do
lado direito do corpo.
Com auxílio do fisioterapeuta, a
jovem passou a cantar durante as sessões do tratamento. A estudante, que já
cantava e tocava violão desde os seis anos de idade, conseguiu recuperar a voz
através do amor pela música.
"A música para mim é uma
calmaria, porque é onde eu encontro um tipo de refúgio para me acalmar, me traz
felicidade e tranquilidade", define Nielly.
Ela descobriu uma malformação em
uma das artérias do cérebro após passar mal na escola e foi internada às
pressas.
"Estava com dor de cabeça
muito forte e dormências no lado direito no braço e na boca. E desnorteada, sem
noção de nada", relembra a garota.
A avó, Marilene Gonçalves, conta
que a jovem ficou internada oito dias em um hospital de Senhor do Bonfim, antes
de ser transferida para Salvador, onde ficou 20 dias internada. A solução para
o problema de saúde foi uma cirurgia.
"Nessa hora, eu fiquei sem
chão. Eu virei para ele [médico] e falei: 'o que o senhor faria se fosse seu
filho?'. Ele disse 'ia operar porque se não operar corre o risco de
morrer'", recorda a mãe, Rubiane Carneiro.
A estudante fez cirurgia no dia
13 de maio e ficou 14 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital.
Depois do procedimento cirúrgico, ela perdeu a fala e movimentos do lado
direito do corpo.
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Fonoaudiólogo usou música em sessões para tratamento (Foto: Reprodução/TV São Francisco) |
O fonoaudiólogo Dinelson Lino, responsável
pelo tratamento de Nielly, percebeu a afinidade da jovem com a música e
resolveu levar o violão para as sessões, para que ela cantasse.
"Lógico que teve tratamento
convencional, onde tive que fazer toda reestruturação da musculatura oral e
facial dela", conta.
A jovem passou por seis meses de
tratamento com o fonoaudiólogo e também voltou a andar após sessões de
fisioterapia.
"Na terceira sessão de
fisioterapia, eu percebi que ela tinha o potencial de andar rápido. Ela andou
na décima sessão. É um grande exemplo. Não só para quem está passando por um
problema neurológico, como para quaquer pessoa e profissional da area de
saúde", resume o fisioterapeuta Flavio Henrique Godoy.
A família agora se orgulha da superação da garota, após passar por todas as dificuldades. "É gratificante para a gente. A gente chorava de tristeza e hoje [chora] de felicidade", comemora a avó Marilene.
A família agora se orgulha da superação da garota, após passar por todas as dificuldades. "É gratificante para a gente. A gente chorava de tristeza e hoje [chora] de felicidade", comemora a avó Marilene.
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