quarta-feira, 21 de junho de 2017

Bocal 5GS da Bach - Minhas impressões

Atualmente estou usando um bocal 5GS  Vicent Bach. No trombone de calibre largo já usei bocais 6 1/2, 4G, 6 1/2 da Houston e até um bocal "caseiro" feito por um ex professor. Ainda é demasiado cedo (mais ou menos 1 mês) para afirmar que finalmente encontrei o meu tamanho ideal de bocal. 


Minha rotina varia de leve, intermediária a pesada. Sou professor do Conservatório de Música de São João Del Rei MG e no dia em que estão concentradas a maioria das minhas aulas de trombone é, consequentemente, o dia em que mais tenho que tocar. Acredito muito na importância de tocar junto ao aluno, principalmente com os iniciantes. Tenho percebido uma melhora significativa no meu desempenho neste dia. Era comum terminar o dia (lá pelas 22:30 da noite) sem conseguir tocar nada direito devido ao cansaço e estrese muscular. Depois do novo bocal, tenho chegado com a embocadura mais resistente no fim do dia.

Mas não é só a resistência que mudou. Notei mais conforto. Um equilíbrio melhor na sonoridade quando comparo meu som nas diferentes regiões (graves, médios e agudos). Essas mudanças tem feito a diferença ao longo da minha semana. Dou aula de trombone, tenho ensaios, gravações, toco com orquestra, toco com big band, trio metal, banda de música, quartetos, duetos etc. O repertório vai do choro ao concerto. Com essa variedade de exigências técnicas e interpretativas estou sentindo que este bocal está me atendendo bem em todas as situações.

As vezes o problema não é o bocal e sim a peça que fica antes dele. Me refiro a embocadura e ao trombonista. Na busca por melhores resultados muitos músicos esquecem de conferir a peça principal do trombone, o trombonista. Você está estudando com regularidade? Já se deu tempo o suficiente para ter bons resultados com o bocal? Você tem boas referências? Um professor te auxilia nos estudos? Recomendo pelo menos 3 meses de bons exercícios, apresentações e rotinas de estudos com o mesmo bocal antes de pensar em trocar. A escolha deve levar em conta o conforto, a sua anatomia, o desempenho em todas as regiões e até a sonoridade que você precisa no seu dia a dia de acordo com os estilos musicais e grupos que você atua.

E aí você me pergunta: Você recomenda esse bocal? E a resposta é: Sim, eu recomendo. Primeiro por que a Bach é muito experiente e muito tradicional na fabricação de bocais, não é atoa que lidera a preferência dos trombonistas brasileiros. Depois por que minha experiência pessoal com esse modelo está sendo muito boa. Tanto em naipe quanto solo o bocal é bom sim. Então para quem se adaptar bem será um bom bocal para se usar.

Obs: Não recebo nada da Bach para fazer tais afirmações

E você amigo? Trocou de bocal recentemente? Pretende trocar? Como está sua experiência com o bocal que você usa atualmente?  

Bateu aquela dúvida sobre qual marca ou modelo de bocal comprar?

4 comentários:

  1. Ótimo conteúdo. Grato. Qual seu comentário sobre o 4g?

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  2. Quando comecei a usar o 4G achei ótimo nos primeiros dias. Bastante confortável, som escuro, muita facilidade para os graves etc. Mas depois de um tempo percebi que tinha perdido um pouco a eficiência nos agudos e por isso fui buscar informações sobre o 5G e acabei mudando para o 5GS.

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  3. Ótimo artigo gostei muito, teria algum comentário sobre o bocal 2G

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