sexta-feira, 29 de julho de 2016

DIVULGAÇÃO: VI semana de educação musical - IA UNESP

É com grande satisfação que convidamos a todos a participarem da VI SEMANA DE EDUCAÇÃO MUSICAL - IA UNESP, que ocorrerá nos dias 08, 09 e 10 de setembro de 2016, no Instituto de Artes de Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"



Endereço:
Rua Dr Bento Teobaldo Ferraz, 271, Barra Funda, São Paulo / SP - CEP: 01140-070
Próximo ao Terminal Rodoviário e Metroviário Barra Funda

Informamos que a data para Submissão de Trabalhos foi prorrogada até 10/08!!!

O evento terá Anais com ISBN, de maneira que, os autores que tiverem trabalhos aprovados, deverão encaminhar após receberem notificação relativa à aprovação, o texto do Pôster em formato de Resumo Expandido. Junto ao e-mail referente à aprovação será enviado um modelo para elaboração do Resumo Expandido, bem como a data para entrega da versão final.

As orientações podem ser encontradas no blog:
http://visemedmusical.blogspot.com.br/p/submissao-de-trabalhos.html

Os interessados em participar da seção de lançamentos, favor contatar visemedmusical@gmail.com

DIVULGAÇÃO: I Encontro de Educação Musical do Vale do São Francisco

Gostaria de convida-los para o I Encontro de Educação Musical do Vale do São Francisco que acontecerá na cidade de Petrolina-PE, nos dias 04 e 05/08. O Tema do evento é Formação e Pesquisa em Educação Musical: Caminhos e Perspectivas.
Período para envio de trabalhos: 01/06/2016 a 03/07/2016.

Inscrições para o evento até 31/07.



EIXOS TEMÁTICOS: 
GT 1: Conteúdo e didática nos diferentes espaços de educação musical.
GT 2: Ensino e aprendizagem da música nas escolas de ensino básico.
GT 3: Educação musical mediada pelas tecnologias.
GT 4: Educação musical e inclusão (necessidades específicas e sociais).

Para outras informações acessar o endereço do evento:
encontrodeeducacaomusicalvsf.blogspot.com.br

quinta-feira, 28 de julho de 2016

DIVULGAÇÃO: Inscrições para o processo seletivo para os Cursos de Música da ELM - 2º semestre 2016

A ELM - Escola Livre de Música da Unicamp, órgão de ação educativa, desenvolvido pelo CIDDIC - Centro de Integração, Documentação e Difusão Cultural COCEN/UNICAMP, informa que estão abertas as inscrições para o processo seletivo para os Cursos de Música da ELM, no mês de Julho/Agosto do ano de 2016, para as turmas do semestre referido.
Inscrição on-line 25 de Julho a 02 Agosto.



Realize sua inscrição e leia o edital completo através do site da ELM no endereço abaixo:


De Chiquinha Gonzaga ao funk, música brasileira vai ditar ritmo da Cerimônia de boas-vindas da Vila Olímpica

Uma trilha sonora com diversas músicas brasileiras chamou a atenção de todos que passavam pela área de convivência da Vila Olímpica do Rio-2016 na manhã desta quinta-feira. O som alto era fruto do último ensaio da Cerimônia de boas-vindas do local, que será apresentada a todas as delegações a partir de amanhã. Serão várias sessões diárias, até o dia 4, véspera da abertura oficial dos Jogos.
Vestidos com roupas coloridas, três grupos de cerca de 30 bailarinos cada vão se revezar durante as apresentações. Na lista, vários estilos: da música indígena ao fumo carioca.



- Na abertura há uma música original que foi feita após uma pesquisa sobre os instrumentos indígenas e a influência deles na música brasileira até os dias de hoje - disse o músico Gabriel Muzak, responsável pela trilha da cerimônia.

Após a abertura, uma sequência de músicas toma conta do cenário. Até o final da apresentação, os atletas vão ouvir canções de Chiquinha Gonzaga, Carmen Miranda, Luiz Gonzaga, Villa Lobos, Cartola, Nação Zumbi, Tim Maia, entre outros.

- Vamos apresentar a musicalidade brasileira a todas as delegações - completa Gabriel.


Bares querem nova lei para oferecer música ao vivo em BH

Exigências atuais são as mesmas para esses estabelecimentos e para boates; ideia é ter regra intermediária

ANA PAULA PEDROSA
RAFAELA MANSUR

Ação. Desde o último dia 20, oito fiscais da Regional Nordeste fazem operação para cumprimento da Lei do Silêncio na rua Alberto Cintra

Os empresários de bares e de restaurantes querem modificar a lei que estabelece regras para música ao vivo ou som mecânico em Belo Horizonte. Considerada inviável pelo setor, a legislação atual faz as mesmas exigências de uma casa de shows ou boate a um bar que tenha um cantor com violão. 

“Buscamos um licenciamento diferenciado porque, para os bares, a música não é atividade-fim, é complementar”, explicou o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG), Ricardo Rodrigues. Ele disse que mesmo não sendo atividade-fim, para alguns estabelecimentos, a música é “questão de sobrevivência”. As conversas da entidade com o Conselho Municipal de Política Urbana (Compur) estão em fase inicial, e não foram definidas quais seriam as exigências desse licenciamento intermediário.

Hoje, de acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), para obter o Alvará de Localização e Funcionamento (ALF) com música, o estabelecimento precisa atender uma série de exigências, como fazer um Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), tratamento acústico, apresentar laudo técnico do sistema de prevenção e combate a incêndio e pânico, entre outros.

Conforme um engenheiro ambiental, que não quis ser identificado, somente a elaboração do EIV custa entre R$ 9.000 e R$ 12 mil. Ele afirmou que o levantamento é exigido, geralmente, em espaços com mais de 360 m². “É um estudo bastante complexo, que envolve profissionais de diversas áreas, como arquiteto, engenheiro civil e engenheiro ambiental, com o objetivo de identificar todos os impactos do empreendimento, como no trânsito e nos ruídos”. Segundo ele, o estudo demanda cerca de 60 dias para ser elaborado, mas o processo para obter o alvará costuma demorar quase um ano.


Polêmica. Na última semana, donos e gestores de bares de Belo Horizonte reclamaram que perderam seus alvarás para música em razão de uma mudança na legislação. No Santo Boteco, no bairro São Pedro, na região Centro-Sul, as apresentações que aconteciam às quintas-feiras e aos sábados foram suspensas. A gerente do local, Aline Soares, informou que a renovação era periódica, mas, na última tentativa, o pedido foi negado. Ela disse que precisaria investir R$ 80 mil para ter o ALF.


O Redentor, no bairro Funcionários, na mesma região, tem música às segundas-feiras e também não conseguiu renovar o alvará. O gerente Eduardo Verônica ponderou que a licença era renovada mensalmente há mais de um ano.

A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos negou que tenha havido mudança na lei e informou que existe apenas o ALF ou alvarás para eventos esporádicos, com data e hora determinadas. A questão, segundo a pasta, é que alguns locais usavam essas autorizações específicas para justificar as constantes apresentações, e eles não têm todas as exigências para obtenção do ALF.

O presidente da Abrasel reconheceu essa prática em alguns locais. “Existe alvará para evento específico, e muitos usam o mesmo documento (alvará) depois do evento”, disse Rodrigues.

“Para os bares, a música não
é atividade-fim, é complementar. As exigências têm que ser diferentes das feitas a uma casa de shows.”


Ricardo Rodrigues
Presidente da Abrasel


Lei do Silêncio 

Ruídos. 
Entre 7h01 e 19h, o limite de ruídos é de 70 decibéis; de 19h01 a 22h, 60 dB; de 22h01 a 23h59, 50 dB, e de 0h a 7h, de 45 dB.


Limite. 

Após as 23h, a execução de música mecânica ou ao vivo é proibida no ambiente externo dos estabelecimentos.


Exigência.

Locais que executem música ao vivo ou mecânica devem ter isolamento acústico que não permita a propagação de ruídos acima do permitido.


Penalidades. 

Os infratores estão sujeitos a advertência, multa (de R$ 80 a R$ 10 mil), interdição da atividade e cassação de alvará de funcionamento ou de licença. Em BH, na ausência de alvará, a multa mínima é de R$ 371,92 e, no caso de atividade em desacordo com o alvará, de até R$ 4.463,01.


Denúncias. 

Podem ser feitas pelo telefone 156, no BH Resolve, no centro da capital ou no portal da PBH (www.pbh.gov.br).

Lei do Silêncio pode ser alterada
A música nos bares obedece aos limites impostos pela Lei do Silêncio, que pode ser alterada em Belo Horizonte. Desde 2013, tramita na Câmara um projeto que pretende aumentar o nível de ruídos permitido na cidade, o que seria bem recebido pelo setor.

O presidente da Abrasel-MG, Ricardo Rodrigues, disse que a legislação é antiga e que o ruído normal de uma avenida de Belo Horizonte já supera o previsto pela lei. Um bar, porém, pode ser multado se produzir o mesmo barulho. O projeto será tema de audiência pública na semana que vem. (APP e RM)

BAIRRO UNIÃO

Rua Alberto Cintra é alvo de fiscais
Em uma semana, cerca de 50 notificações e autos de infração e de interdição da atividade de música foram emitidos contra bares da Rua Alberto Cintra, no bairro União, na região Nordeste de Belo Horizonte. Em fiscalização iniciada no último dia 20, foram constatadas irregularidades em 19 estabelecimentos.
A fiscalização foi iniciada com o objetivo de atender as reclamações referentes à poluição sonora, que alcançaram 116 neste ano. No total, oito fiscais participam da ação, vistoriando os estabelecimentos e conferindo a documentação. São utilizados aparelhos medidores de decibéis, que verificam se os níveis de pressão sonora estão em conformidade com a Lei do Silêncio.

Segundo a Regional Nordeste, nenhum bar da rua tem alvará para execução de música. Dessa forma, os estabelecimentos podem reproduzir apenas música ambiente, dentro dos limites da legislação. Os valores das penalidades não foram informados.


Debate. 

Quem mora na rua reclama de música alta noite adentro. “Não queremos fechar nenhum bar, mas precisamos dormir. A situação está insustentável, com música até 1h da madrugada, de terça a domingo”, disse uma moradora da rua, que não quis ser identificada. O empresário do ramo hoteleiro Pablo Ramos, 39, reclamou que já perdeu vários hóspedes por causa do barulho. “Investimos cerca de R$ 700 mil no isolamento acústico dos quartos, mas não foi suficiente, e os hóspedes não conseguem dormir”.

Para discutir soluções, cerca de 20 donos de bares se reuniram nessa quarta-feira (27) com a Abrasel. “Estamos estudando medidas para solucionar a situação. Os empresários estão preocupados em melhorar o relacionamento com a vizinhança e com os clientes”, disse o diretor executivo da Abrasel, Lucas Pêgo. (APP/RM)



sexta-feira, 22 de julho de 2016

Academia de Música Filarmônica de Santarém abre vagas para 15 cursos

Novidade ofertada pela instituição é o curso de musicalização para bebês.
Inscrições podem ser feitas por meio do telefone (93) 99201 5552.

Instituição de música foi criada a partir da
necessidade de se ter uma escola de música
própria (Foto: Academia de Música da Filarmônica
de Santarém/Divulgação)
A Academia de Música da Filarmônica de Santarém, no oeste do Pará, abriu inscrições para novas turmas dos 15 cursos ofertados pela instituição. Estão sendo ofertadas 80 vagas para musicalização baby (8 meses a 2 anos) e infantil (crianças de 3 a 9 anos). Para a categoria jovem e os 12 outros cursos não há quantidade de vagas definidas. As turmas serão formadas de acordo com a demanda. O período de inscrição segue até o dia 30 de julho. (Conheça um pouco da história da Filarmônica de Santarém no vídeo abaixo)

Segundo o diretor da instituição, Rafael Brito, as inscrições são feitas exclusivamente pelo telefone (93) 99201 5552. “O motivo de estarmos fazendo as inscrições pelo número de telefone é porque a academia está no recesso de férias e também é uma maneira mais fácil das pessoas se inscrevem. A pessoa deve mandar o nome completo e o curso que deseja se inscrever”, explicou.

Ao todo, são 15 cursos ofertados pela Academia de
Música (Foto: Waddan Coelho/Academia de Música
da Filarmônica de Santarém/Divulgação)
No dia 30 de julho, às 16h, no prédio localizado na Avenida Borges Leal, bairro Santa Clara, os coordenadores devem promover uma reunião com todos os interessados. O momento será para explicar o funcionamento, horários, os cursos e também para a confirmação da matrícula.

As taxas cobradas no ato da matrícula e nas mensalidades são no valor de R$ 40 para todos os cursos, exceto para o de musicalização baby que é cobrada a taxa de R$ 70 mensais. As aulas na academia iniciam no dia 1º de agosto nos horários da manhã, tarde e noite.

Cursos
De acordo com Brito, para a musicalização baby são ofertadas 20 vagas, para musicalização infantil são 60 e musicalização jovem não tem limite definido. Para os cursos de violino, viola, violoncello, contrabaixo, flauta transversal, clarinete, saxofone, fagote, trombone, trompete, trompa e percussão, as pessoas devem ter conhecimento sobre leitura de partituras. “Dependendo do conhecimento das pessoas, como em casos de pessoas que já passaram por outra instituição e já fizeram a musicalização, elas podem entrar direto para as aulas específicas”, ressaltou o diretor.

Período de inscrição segue até o dia 30 de julho (Foto: Academia de Música da Filarmônica de Santarém/Divulgação)

Academia de Música

A academia surgiu da necessidade da Filarmônica Municipal Professor José Agostinho ter uma escola de música própria. Por este motivo, quatro músicos resolveram unir esforços para criarm uma escola vinculada à filarmônica. Em fevereiro de 2011, com o apoio da diretoria da Filarmônica foram abertas as inscrições e as atividades iniciaram partindo da musicalização. Inicialmente a instituição recebeu a denominação de Escola de Música Professor Wilde Fonseca.

Em agosto de 2012, iniciaram as atividades dos cursos de cordas sinfônicas que foram implantados pioneiramente em Santarém por professores formados no curso técnico de instrumentista de orquestra da Universidade Federal do Pará (UFPA). Em outubro de 2013, os alunos formados por este curso deram origem à Orquestra Filarmônica de Santarém, primeira orquestra sinfônica do município.

No ano de 2015, a escola assumiu como foco principal a formação de músicos para a Filarmônica Municipal Professor José Agostinho e para a Orquestra Filarmônica de Santarém, passando a denominar-se Academia de Música da Filarmônica de Santarém.


Serviço

O quê? Inscrição para os 15 cursos da Academia de Música da Filarmônica de Santarém
Período? Segue até o dia 30 de julho
Como? Informando nome e curso pelo telefone (93) 99201 5552

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Pinhão e erudito: últimos dias do Música na Serra terá quinteto de sopros e Luiz Gustavo Zago

O 4º Festival Internacional Música na Serra (FIMS) segue até o próximo sábado (23) em Lages com a participação de grandes nomes da cena musical erudita no Brasil. Nesta quinta (21), o Quinteto Jive for Five, do Conservatório de Poços de Caldas (MG), apresenta repertório clássico e jazzístico no Teatro Marajoara, a partir das 20h. A programação é gratuita.

Luiz Gustavo Zago se apresenta na sexta (22) 
Foto: Fe Hinnig / Divulgação
Na sexta (22), o programa é especial: o pianista e arranjador lageano Luiz Gustavo Zago, um dos grandes nomes da cena instrumental catarinense, se apresenta sozinho e acompanhado do violonista Felipe Coelho, outro ícone da música no Estado. No final da noite, Coelho se apresenta também com a Camerata Música na Serra. Orquestra e Coro Infantojuvenil também se apresentam.

A noite de encerramento no sábado (23) terá a participação da Orquestra Música na Serra e solistas sob a regência do maestro Jean reis.

FIMS começou no último domingo (17) e levou à cidade serrana artistas renomados internacionalmente para shows diários e gratuitos. Além dos concertos no tradicional Teatro Marajoara, o evento realizou Master Classes (oficinas) para instrumentos de cordas, piano, canto, coro adulto e coro infantojuvenil, além de apresentações em asilos e hospitais.

Foto: Wilian Veronezi / Divulgação

O Festival faz parte do circuito de festivais de música clássica sob a direção artística do maestro Jean Reis. 


— Um dos destaques deste ano é a participação das crianças na sexta no Coro e Orquestra Infantojuvenil - formado por integrantes de diversos corais de Lages. Teremos também uma apresentação de dança na noite de encerramento e esperamos que seja uma semente para que em 2017 possamos realizar um festival de dança em paralelo — diz Edite Moraes, gerente executiva do Instituto José Paschoal Baggio e realizadora do evento.

PROGRAMAÇÃO

|| Quinta (23), 20h
Quinteto Jive for Five

|| Sexta (22), 20h
Orquestra e Coro Infantojuvenil
Luiz Gustavo Zago (piano)
Luis Gustavo Zago & Felipe Coelho
Felipe Coelho & Camerata Música na Serra
Solistas da classe de canto, Coro Música na Serra e Camerata Música na Serra

|| Sábado (23), 20h
Orquestra Música na Serra e solistas

Onde:
 Teatro Marajoara (Rua Presidente Nereu Ramos, 64, Centro, Lages)
Quanto: gratuito
Informações no site do festival.



Show de lançamento de CD do grupo Caxangá no Paiol traz sambas de compositores paranaenses

O Teatro Paiol será palco do lançamento do CD “Caxangá – Sambas Paranaenses”. Em dois shows, que acontecem nos dias 30 e 31 de julho, o trabalho desenvolvido pelo grupo Caxangá traz composições que remetem ao cotidiano popular apresentado em sambas e bossas.



O CD é a eternização do sonho dos instrumentistas Fábio Abu-Jamra, Ricardo Garcia Salmazo, Wagner Bennert e Leandro Superchisnki, criadores do grupo Caxangá, músicos que sempre demonstraram interesse em despertar a emoção e a diversão por meio da música, independente do estilo.

Além do quarteto de instrumentistas, o CD conta com convidados especiais, dentre eles, Jaime Alem, responsável pelos arranjos de algumas músicas do repertório e que também faz uma participação especial nos shows de lançamento no Teatro Paiol. Jaime Alem é maestro, arranjador, compositor e músico conceituado nacionalmente. Foi diretor musical da cantora Maria Bethânia por 30 anos, e compôs a trilha sonora dos filmes “Dois Filhos de Francisco” e “Mutum”.

Para confraternizar e somar qualidade ao trabalho, o grupo convidou ainda os músicos Clayton Silva (flauta), Marcos Aurélio Almeida (trompete), Cesar Matoso (saxofone), Bruno Brandalise (trombone), Daniel Migliavacca (bandolim), Cle Santos (percussão), Gleison Meneguci (bateria) e Luiz Rolin (bateria e percussão).

Milena Castilho é a presença feminina do CD. Sua voz traz leveza e sofisticação às apresentações do quarteto, enquanto sua naturalidade e talento convidam seus ouvintes a celebrar em canto e dança as interpretações.

O CD é fruto da Lei de Municipal de Incentivo à Cultura, por meio do mecenato subsidiado de 2012 da Fundação Cultural de Curitiba, e contou o incentivo do Shopping Pátio Batel e Celepar. A direção musical é de Fábio Abu-Jamra e a produção do espetáculo e fonográfica leva a assinatura da MPB JAZZ Promoções e Eventos sob a batuta de Laís Pires e Cris Mascarenhas. Elas destacam que “os sambas vêm com um suingue sem igual, arranjos primorosos, naipe de sopros de primeiríssima linha e “cozinha” que deixarão o público com as pernas bambas de tanto sambar”.

As composições do CD são dos paranaenses: Bruno Santos de Lima, Cláudio Cesar da Silva, Leonardo Jackson de Lima, Elias Fernandes de Paula, Ivo Pereira de Queiroz, Ricardo Garcia Salmazo, Renato Pospissil e Hardy Guedes Filho.

No dia 28 de agosto, o grupo fará também duas apresentações gratuitas como parte da programação da Semana da Cultura, no Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba, às 10 horas e 14h30.


Serviço
Shows de lançamento do CD “Caxangá – Sambas Paranaenses”, do grupo Caxangá
Datas: 30 de julho, às 20 horas, e 31 de julhos, às 19 horas
Local: Teatro Paiol – Largo Professor Guido Viaro s/nº – Prado Velho – Curitiba – PR – (41) 3213-1341
Ingresso: gratuito

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Cleber Almeida lança 'Música de baterista' no TMTV

Considerado um dos mais importantes pesquisadores e divulgadores dos ritmos brasileiros da atualidade, o baterista Cleber Almeida lança nesta quinta-feira (21), às 20h, no Teatro Municipal Teotônio Vilela (TMTV), o álbum Música de baterista, com show do grupo Cleber Almeida Septeto. A entrada é gratuita e os ingressos devem ser retirados no local, com uma hora de antecedência. 

Apresentação do espetáculo do novo álbum terá início às 20h - DIVULGAÇÃO

 
O CD reúne dez músicas instrumentais compostas e arranjadas pelo baterista, que passeiam pela polirritmia da cultura popular brasileira como o samba de gafieira, forró, valsa e maracatu. Álbum que marca o início da carreira solo do artista, Música de baterista não é apenas um caldeirão de ritmos, mas, sobretudo, uma vitrine das diversas influências de Cleber, que também integra o Trio Curupira, Trio Macaíba e banda Mantiqueira; acompanha regularmente grandes nomes da música como Heraldo do Monte, Antônio Nóbrega e Toninho Ferragutti; e domina instrumentos harmônicos e melódicos como violão, viola caipira, cavaquinho, escaleta e trombone.
 
O disco reúne composições escritas ao longo dos últimos 17 anos, na maior parte desenvolvidas a partir de ideias esboçadas no violão ou na própria bateria. Apesar de ser um sonho antigo do baterista, que se formou em 1995 no Conservatório de Tatuí e é um seguidor assumido da música universal de Hermeto Pascoal, a estreia do projeto com o septeto ocorre "na hora certa", "e de maneira mais fluente", defende o músico.
 
Segundo ele, toda a concepção do disco foi inspirada em álbuns lendários de combos e big bands de jazz e música brasileira das décadas de 1960 e 1970 -- desde as gravações em sessões totalmente ao vivo até as fotografias em formato analógico. "Eu também gosto muito dessa ideia de álbum completo, que viaja por uma história inteira e que tem passagens carinhosas entre uma faixa e outra", comenta.
 
Aliás, o nome do álbum, segundo Cleber, é uma referência à expressão usada por músicos da velha guarda para se referir aos temas compostos de maneira totalmente intuitiva e sem profundos conhecimentos acerca de recursos harmônicos. ""Música de baterista" era dito pelo pessoal das antigas no sentido de sarro mesmo, pelo fato dos bateristas só saberem três ou quatro acordes", detalha Cleber, que parece ter aproveitado o mote da brincadeira pejorativa para provar justamente o contrário.
 
Apontado pela crítica especializada como um dos maiores expoentes da bateria brasileira, ao lado de Nenê, Airto Moreira e Márcio Bahia, Cleber Almeida faz questão de assinalar que seu disco de estreia não teve a pretensão de colocar o seu instrumento principal como o centro das atenções. "Muito pelo contrário. A ideia foi ser coletivo. Mais voltado à composição do que à bateria em si", complementa ele.
 
O álbum foi viabilizado com recursos obtidos no edital de 2015 do Programa de Ação Cultural (ProAC), da Secretaria Estadual de Cultura e poderá ser adquirido amanhã em formato de CD. Em agosto, o registro do trabalho também será disponibilizado em vinil e nas principais plataformas de streaming.
 
Além de Cleber Almeida, o septeto é composto por Fábio Leal (guitarra), Felipe Brisola (baixo acústico), Beto Corrêa (piano e acordeon), Diego Garbin (trompete e flugelhorn), César Roversi (saxofone) e Alan Palma (trombone), falecido em março deste ano, vítima de atropelamento, e que no show será substituído por Bruno Pereira. O disco foi gravado em quatro dias no estúdio Gargolândia, em Alambari, e masterizado e mixado em Nova York pelo produtor e engenheiro de som Dave Darlington.
 
SERVIÇO - O grupo Cleber Almeida Septeto se apresenta amanhã, às 20h, no Teatro Municipal Teotônio Vilela (TMTV). A entrada é gratuita e os ingressos serão distribuídos no local com uma hora de antecedência. O TMTV fica na avenida Engº. Carlos Reinaldo Mendes, s/nº, Alto da Boa Vista, ao lado do Paço Municipal. 

Jorge Aragão lança 'Samba Book' para festejar 40 anos de carreira

Cantor diz que passou uma pernada em Chico Buarque com divulgação de seu samba em Marte


Jorge Aragão na gravação do DVD
Foto: Divulgação

Rio - Na gravação do DVD da quinta edição do ‘Samba Book’, dedicado à sua obra (e que chega a público num show com convidados no Vivo Rio, em 26 de julho), Jorge Aragão foi bastante fotografado. Clicou bastante também: volta e meia tirava sua Nikon da bolsa e saía pegando imagens de todos os artistas convidados — um time que inclui Fundo de Quintal, Diogo Nogueira, Zeca Pagodinho, Anitta e Beth Carvalho. Como se não bastasse ter sido o único sambista a ser ouvido em Marte (em 2001, uma missão da Nasa no planeta levou até lá um veículo robotizado que executava seu sucesso ‘Coisinha do Pai’), o cantor, que completa 40 anos de carreira graças à gravação que Elza Soares fez de ‘Malandro’, parceria sua com Jotabê, é fissurado por fotografia e badulaques eletrônicos.

“Tenho uma máquina que consegue até pegar buracos na lua. Fico no meu apartamento na Avenida Lúcio Costa (Barra da Tijuca) e fotografo os navios no mar, pego muita coisa”, diz Jorge. Após sair de qualquer compromisso, ele coloca seus dois celulares e plugados no carro: usa um para o aplicativo Waze e o outro deixa ligado no TuneIn, para ouvir rádios online de todo o mundo. Diz nunca ter deparado com sua música tocando em uma rádio de outro país. “Ih, rapaz, se isso acontecer vou ter um troço”. Quanto à execução de ‘Coisinha do Pai’ em Marte, Jorge revela que não recebeu nada por isso. Nem sabe se Almir Guineto e Luiz Carlos da Vila, parceiros na música, ganharam direitos.

“Um amigo falou para botar advogado no meio, acho que a Beth Carvalho (que gravou a música em 1979) botou a boca no trombone... Soube da música em Marte quando vi na televisão”, conta. “Eu nunca vou ser uma poeirinha do Chico Buarque como compositor, mas com ‘Coisinha do Pai’ eu dei uma pernada nele! Eu já toquei em Marte e ele não!”, brinca.

Para um compositor plugado, um projeto multiplataforma: criado pela Musickeria, o ‘Samba Book’, como ocorreu nas edições anteriores, tem CD duplo, DVD, Blu-Ray, especial de TV, livro com discografia comentada, partituras, ambiente web com redes sociais e aplicativos. O repertório do DVD inclui seu primeiro sucesso, ‘Malandro’, reinterpretado por Baby do Brasil. Emicida põe novo balanço no verso “respeite quem soube chegar aonde à gente chegou” de ‘Moleque Atrevido’, Anitta sensualiza em ‘Coisinha do Pai’, Elza surge no hino antirracista ‘Identidade’, Martinho da Vila canta ‘Coisa de Pele’. Alcione recria ‘De Sampa a São Luiz’. Nos extras do DVD, Beth Carvalho, que canta ‘Pedaço de Ilusão’, revela ter dado uma esnobada em Jorge quando o conheceu (“não prestei atenção nele, estranho, né?”, diz); e Maria Rita (que canta ‘Do Fundo do Nosso Quintal’) chora ao dar depoimento sobre o sambista.

“Ela chorou mesmo?”, pergunta impressionado. “Rapaz, nem vi os extras ainda. Mas todo mundo arrebentou. A Anitta me falou do quanto ‘Coisinha do Pai’ é importante para ela, que tem a ver com a história dela com os pais. Foi uma música que fiz para minhas filhas. ‘Vou Festejar’ também não fiz para a Beth Carvalho (que a gravou). Foi tudo pra mim. Sempre fiz o que gostava. Meu samba não é cartão de crédito”. Jorge já vem compondo músicas novas, sozinho e com parceiros como Leandro Lehart, mas revela que o que faz sucesso mesmo são sambas seus feitos há quatro décadas. “Toco ‘Malandro’ e muita gente acha que ela foi feita agora. Já aconteceu de eu chegar num show e falar: ‘Não tenho nada novo pra apresentar, só esses sambas aqui de 40 anos atrás...’ e todo mundo: ‘Êêêêê!’”, brinca.

As emoções do DVD foram fortes, mas Jorge se cuida. Após um enfarte agudo em 2014,o cantor, que tem 67 anos, frequenta o médico e faz exercícios. Na época, fez operação e pôs stents. “Poderia ter sido fatal, mas fui atendido rapidamente e não tive sequelas. Depois de uma operação dessas, você ganha uma maneira nova de ver a vida. Hoje quero estar perto de pessoas que me tragam algo de bom.”

Um sambista nos bailes

Jorge Aragão, a 40 anos, de calça boca de sino, juba black, magrinho, tocando guitarra. Imaginou a cena? Pois é, aconteceu: antes de ‘Malandro’ estourar na voz de Elza Soares, o sambista era músico de baile e dividia seu tempo entre o cavaquinho, o violão e a guitarra. Tinha fama de bom guitarrista, inclusive — e segundo testemunhas, tirava todos os solos de Jimi Hendrix. “Eu adorava Wes Montgomery (guitarrista americano de jazz). Na época, o Jotabê (parceiro em ‘Malandro’) fazia baile comigo e me passava a melodia na Kombi que nos levava para as festas, cantando ‘lá lá lá’. Eu tirava tudo na hora”, conta Jorge. Naquele tempo, bem antes de entrar para o Fundo de Quintal (ao qual pertenceu na década de 80) e sem nem sonhar em se tornar cantor solo de sucesso, usava uma roupa toda verde. “Eu era tão magro que parecia um louva-a-deus”, brinca. Hoje Jorge nem tem guitarra em casa e prefere usar violão elétrico, mas diz que as lições desse período ficaram até hoje. “Eu já gravei as ‘Bachianas’ de Heitor Villa-Lobos, gravei em português ‘Can’t Take My Eyes Off You’ (sucesso do grupo americano Frankie Valli & The Four Seasons, que com Jorge virou ‘O Céu Nas Mãos’)... Nem é para provocar os defensores das raízes do samba, mas é para mostrar uma outra face minha”.


segunda-feira, 18 de julho de 2016

Olinda abre nesta segunda-feira 105 vagas para cursos de música

Aulas serão ministradas pelo Centro de Educação Musical de Olinda.
Estão sendo disponibilizadas oportunidades para crianças e adultos.


Serão disponibilizadas 105 vagas para os cursos de educação musical infantil e curso médio
(Foto: Jan Ribeiro/Prefeitura de Olinda)

A Prefeitura de Olinda abre, nesta segunda-feira (18), 105 vagas para cursos de música. As aulas gratuitas serão ministradas no Centro de Educação Musical de Olinda (Cemo), que fica na Avenida Pan Nordestina, no bairro de Salgadinho.

Serão disponibilizadas vagas para educação musical infantil e curso médio, destinado para quem deseja se profissionalizar. As aulas ocorrerão em três turnos: manhã,  tarde e noite.
As inscrições para novos estudantes serão realizadas, exclusivamente, via internet. Os interessados devem acessar o Portal da Prefeitura de Olinda (www.olinda.pe.gov.br/cemo), até o dia 22. O site contém todas as informações detalhadas sobre o processo, que está subdividido em três etapas: inscrição, sorteio e matrícula.

Após preenchimento dos dados pessoais, o candidato deverá imprimir o comprovante e aguardar o resultado do sorteio para preenchimento das vagas. O processo será público e ocorrerá, às 10h, nos dias 25 (para candidatos de 6 a 12 anos) e 26 de julho (para inscritos de 13 a 40 anos).
A prefeitura informa que vai fazer cadastros reserva, para casos de desistências de algum inscrito. Os resultados serão disponibilizados, exclusivamente, no Portal da Prefeitura e nos murais do Cemo.

Os candidatos contemplados com as vagas deverão se matricular na sede do Cemo. Os estudantes do curso para crianças efetuarão o cadastramenbto de manhã no dia 27 de julho. No dia 28,  será a vez dos alunos do curso médio.
É preciso levar  cópias da identidade e CPF (para menores de idade, pode ser o do representante legal), certidão de nascimento ou casamento, uma foto 3x4 e comprovante de residência. A matrícula custa R$ 40 e as aulas serão iniciadas no dia 1º de agosto.

Cemo
O Centro de Educação Musical de Olinda é vinculado à Secretaria de Educação do município. Foi fundado em 1983, pelo maestro Mário Câncio, com a proposta de oferecer, às crianças do município, uma oportunidade de aprenderem música.

Almir Sater traz a tradicional música sertaneja ao Recife

Acompanhado da sua viola caipira, o músico sobe ao palco do Teatro RioMar, em única apresentação, dia 06 de outubro



Dia 06 de outubro (quinta) às 21 horas.
Local: Teatro RioMar Recife (Av. República do Líubano, nº251 4º piso - RioMar Shopping).
Ingressos: R$80,00 e R$40,00 (Balcão nobre, inteira e meia); R$140,00 e R$70,00 (Plateia alta, inteira e meia); R$160,00 e R$80,00 (Plateia baixa, inteira e meia)
À venda na bilheteria do Teatro e no site Ingresso Rápido.


Este conteúdo foi produzido pelo Sistema Jornal do Commercio de Comunicação. Para compartilhar, use o link http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cultura/musica/noticia/2016/07/18/almir-sater-traz-a-tradicional-musica-sertaneja-ao-recife-244900.php
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João Bosco completa 70 anos em plena atividade


Artista tem em vista dois projetos

João Bosco tem dois projetos de discos encaminhados - um de inéditas, outro de releituras próprias de canções alheias. Quando se pergunta a ele se os álbuns são sua forma de celebrar os 70 anos, que completou na última quarta-feira, ele nega - com a naturalidade de quem nem vê muito sentido na ideia. “Esses discos não são pelos 70, mas para celebrar o fato de seguir com vontade”, explica Bosco.

Relação com a música ganha outras camadas com o passar dos anos

“O que realmente acho importante não é a idade, mas o desejo de seguir, de fazer música. De estar viajando, tocando, compondo, indo atrás dela. Isso você pode ter aos 40, 50, 70, 80. A minha idade é essa. A música representa quase tudo pra mim, sem ela eu não saberia o que fazer, nem como iria me sentir, porque até agora a vontade não me abandonou. João Ubaldo, meu amigo, dizia: a vontade pode. Ter vontade faz você conseguir. É o que eu diria ao jovem João Bosco e é o que eu, aos 70, procuro lembrar todo dia.”

A vontade segue, o violão se mantém grudado ao peito em casa, mas o compositor explica que a relação com a música ganha outras camadas com o passar dos anos. “A idade é isso, você demora mais pra se sentir satisfeito com o que faz. Você desvia muito mais da música do que a encontra”, define. “Você se depara com ela e pensa: ‘isso aqui eu já fiz’. Você fica mais exigente. As músicas vão chegando, mas elas exigem um tempo pra você ver se é isso mesmo, se aquilo te interessa.”

Nessa depuração, Bosco usa um método que traz desde o início de seu caminho como compositor. Nunca usou gravador para registrar novas canções, ideias, fragmentos. Parte do princípio de que, se uma música permanece na sua mente, se ela fica, é porque tem a força para continuar viva. Se ela se perdeu no esquecimento, é porque esse seria seu destino mesmo.

Sem gravar nada, cada vez mais exigente, Bosco segue produzindo - muito, sublinha. Mas com a tranquilidade dessa filtragem que o tempo impõe. Seu mais recente disco de inéditas é “Não vou pro céu, mas já não vivo no chão”, de 2009. Agora, ele junta novas para um disco que pretende pôr na rua no início de 2017. São parcerias com Aldir Blanc (“Fizemos uma, temos outra caminhando pro final”) e seu filho Francisco Bosco (“Ele também entregou duas”). Há outros parceiros, mas João prefere não adiantar. “Não vou falar pra eles não se sentirem pressionados (risos).”

O outro projeto - pela celebração da vontade aos 70 - é “Passagem de som”, no qual recria músicas de que gosta e que toca em casa. A ideia nasceu de uma sugestão de Francisco Bosco, quando João foi convidado a fazer um show em Inhotim. Agora ele quer registrar o resultado, uma espécie de segundo volume de seu “Dá licença meu senhor”, de 1995 - no disco, ele lançava seu olhar sobre músicas como “Vatapá”, de Caymmi, e “Expresso 2222”, de Gilberto Gil. Desta vez, o repertório é igualmente livre (“São canções que vão me encontrando”).

“Toco ‘Noite cheia de estrelas’, do Cândido das Neves, ‘Coisa nº 2’, de Moacir Santos, ‘My favorite things’, Mancini... Canções que vêm, como quando componho.” O exercício de se apropriar de uma canção de outro compositor estaria na lista “my favorite things” de Bosco. E é uma das práticas que melhor refletem o acúmulo do tempo nele, em sua abordagem da música. Ele cita o exemplo mais recente, quando, no Prêmio da Música Brasileira em tributo a Gonzaguinha, reinventou “Galope”.

Da longa estrada, Bosco acumula o orgulho dos encontros com o padrinho Vinicius de Moraes, o parceiro Aldir, Elis Regina (que o projetou) e Tom - sua primeira gravação, “Agnus sei”, com Aldir, era lado B do “Disco de bolso” do Pasquim que tinha “Águas de março” no lado A. Se guarda algum lamento? Só um: “O ‘Lamento’ de Pixinguinha e Vinicius, no meu iPod.”


sábado, 16 de julho de 2016

Jazz Im Goethe Gartem: alemães encerram entre o silêncio e o fervor

O Jazz Im Goethe Gartem 2016 chegou ao fim. Terminou com quatro alemães entre momentos quase ambientais e outros devedores de um noise underground.

Por João Morales; Fotos de Carlos Porfírio (Puro Conceito)

Num final de tarde com o jardim repleto, o Jazz Im Goethe Gartem chegou ao fim. Como habitualmente, o último concerto – o oitavo desta série que nos trouxe músicos portugueses, espanhóis, suíços, austríacos, franceses, italianos e luxemburgueses – esteve a cargo de alemães, desta feita, o quarteto Grid Mesh, fundado em 2006. Dois sopros (Frank Paul Shubert, saxofones alto, e Matthias Müller, trombone, em substituição de Johannes Bauer, que faleceu em Maio e a quem o concerto foi dedicado), uma guitarra eléctrica relativamente transformada com efeitos (Andreas Willers, que ia fazendo as honras da casa) e Willi Kellers (numa bateria segura e omnipresente).

O concerto começou de forma calma, com os pratos de Kellers a suportarem o cenário sonoro onde a dupla de sopros foi desaguando, ao mesmo tempo que Willers manipulava a sua guitarra, prendendo as cordas ou percutindo-as. Aliás, grande parte do tempo a ideia com que se ficou, foi mesmo essa – o baterista possui um papel central na construção do som deste colectivo, os sopros vão-se impondo de forma sinuosa, como uma autêntica serpente nos areais do deserto… até que damos por nós em momentos de paroxismo, num ambiente algo devedor do noise underground de Nova Iorque (a guitarra fazendo evocar o Arto Lindsay seminal de Aggregates 1-26).

No fundo, o som deste grupo (coeso, mesmo em momentos de destaque de algum dos músicos, sempre um grupo) passa por essa oscilação entre ambientes calmos, devedores de um John Hassell, por exemplo, e essa reivindicação da herança do free jazz, mais patente na “voz” de Frank Paul Shubert, embora sempre com o cariz industrial que encontramos na editora suíça FOR4EARS. Aliás, Paul Shubert já tocou com Günter Sommer, um dos nomes icónicos desta chancela.

O concerto foi construído com uma única peça (cerca de 50m, sem encores), tocada numa ascenção inicial, com momentos mais exultantes, outros mais reflexivos, incluindo um espaço (breve, contudo) quase no final em que Willers nos permitiu ouvir uma guitarra de Jazz, de forma mais tradicional.

Chegados a casa, televisões ligadas, (aparente) Golpe de Estado em curso na Turquia, um dia depois de mais atentado espalhafatoso em França. Também na calma (aparente) deste primeiro quartel do século XXI começam a mostrar-se momentos de ruído, manifestações de desarmonia mais ou menos evidente. Se o Jazz foi a música do século XX, qual será a banda sonora dos dias que atravessamos? Só mais tarde teremos essa consciência. Até 2017, Jazz Im Goethe Gartem.

Orquestra do IFSC comemora 15 anos com concerto em Florianópolis

Espetáculo será apresentado na próxima terça-feira (19).

Ingresso é um quilo de alimento ou brinquedo em bom estado.

Orquestra tem a regência do maestro Irineu Lopes de Melo (Foto: CR2 Fotografia/Divulgação)
A Orquestra Experimental do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) apresenta na próxima terça-feira (19), às 20h30, no Teatro Ademir Rosa, em Florianópolis, um concerto em comemoração aos seus 15 anos de existência. Na entrada será cobrado um quilo de alimento não perecível ou um brinquedo em bom estado. 

A orquestra foi criada como extensão das aulas de música da instituição, sendo hoje um espaço de pesquisa e experimentação musical.

O curso é aberto a toda comunidade e os interessados podem optar por um dos instrumentos disponíveis, como violino, viola, violoncelo, contrabaixo, flauta, oboé, fagote, clarinete, saxofone, trompete, trombone, trompa e tuba.

As aulas são compostas por teoria e prática instrumental, e práticas de coral e orquestra. Para participar, não é preciso ter nenhum conhecimento musical.

O espetáculo

Com a regência do maestro Irineu Lopes de Melo, o repertório da orquestra promete ser diverso, com canções, ritmos e danças americanas. 

Os ingressos já estão disponíveis para retirada nas bilheterias do Centro Integrado de Cultura (CIC), do Teatro Álvaro de Carvalho (TAC) e também do Teatro Pedro Ivo. Os alimentos ou brinquedos deverão ser entregues na entrada do espetáculo. 

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Feira se tornará capital baiana do trombone

O evento tem uma taxa de inscrição no valor de R$ 10 e qualquer pessoa pode se inscrever, sendo músico ou apenas admirador da música

 


Os acordes harmoniosos vão tomar conta de Feira de Santana durante o I Festival de Trombonistas da Bahia, que acontecerá entre os dias 15 e 17, no Centro Universitário de Cultura e Artes (CUCA). A abertura do evento será marcada por um concerto aberto para o público feirense, na quinta-feira (14) ás 19h, onde poderá ser contemplada a sonoridade forte e marcante deste instrumento de sopro.

As atividades oficiais do evento terão início as 8h da sexta (15) e entre os palestrantes terão 4 professores convidados: Fábio Carmo Plácido,professor de Trombone da Universidade do Estado do Amazonas; João Franklin, trombonista da Força Aérea Brasileira e Mestrando em música pela UFBA; Michele Girardi, coordenador e professor do Programa NEOJIBA e Stephan Sanchez Chefe de Naipe dos trombones da Orquestra Sinfônica da Bahia. O evento tem uma taxa de inscrição no valor de R$ 10 e qualquer pessoa pode se inscrever, sendo músico ou apenas admirador da música.

Um dos organizadores do festival o estudante de música Hugo Nogueira, ressaltou a importância da realização de atividades como essa para os músicos, “Como esse é o primeiro evento deste porte realizado na Bahia, é um evento e também busca fortalecer a arte e a cultura em geral e sempre que participo de eventos como esse e principalmente relacionado ao trombone me motiva mais a estudar a querer buscar mais sobre”.


O Município que há alguns anos vem recebendo incentivos voltados para a música instrumental agora dá mais um passo a frente com o festival, sendo o pontapé para uma nova era do trombone no estado. “E a cidade de feira de Santana está crescendo muito culturalmente falando de música instrumental. E esse é um dos eventos que está se concretizando no estado, pois ao fim do evento será formalizada uma associação Baiana de trombonistas”, finalizou Hugo.

Café Fon Fon: um estabelecimento de música e diversão

Luiza Fritzen

Quem passa pelo número 22 da rua Vieira de Castro, em Porto Alegre, acha graça no nome dado ao estabelecimento. A escolha por Café Fon Fon foi justamente para unir musicalidade e diversão. Assim explica Bethy Krieger, que abriu o local em 2012 ao lado do marido e sócio, Luizinho Santos.

Bethy Krieger e Luizinho Santos comandam projeto musical do Café Fon Fon

JONATHAN HECKLER/JC

Com a arquitetura de uma casa antiga deixada como herança, o espaço se assemelha às tabernas europeias com suas paredes de tijolo à vista, piso e teto de madeira. A acústica surpreende logo que se cruza a porta, com o som dos passos reverberando de forma clara e agradável no ambiente. Um dos diferenciais do Fon Fon é oferecer ao artista instrumentos como piano de cauda, a bateria, microfones e auto-falantes que permitem ao artista se preocupar apenas com sua música e deixar os equipamentos por conta da casa.

O ambiente aconchegante e intimista, com capacidade para cerca de 80 pessoas, surgiu da necessidade de espaços voltados à música instrumental na cidade sentida pelos músicos. "Queríamos um local próprio para dar a direção artística e tocar a música que fosse de nosso interesse", afirma Luizinho, que também compõe e toca saxofone. O nicho acabou se expandindo e hoje o café recebe também exposições, oficinas de pintura e saraus. "Ultrapassamos o universo da música para tornar o espaço um lugar de troca de experiências e cultura", conta Bethy.

O lugar vem ganhando reconhecimento e, de hoje até dezembro, será palco para um novo projeto, com nomes locais e da cena nacional para shows e apresentações, sempre na faixa das 21h30min. Trata-se do Café Fon Fon - Palco Musical, projeto vencedor do Prêmio Funarte de Programação Continuada para a Música Popular 2015, promovido pelo Ministério da Cultura, por meio da Funarte.

A programação inclui também workshops com os artistas convidados, com o intuito de proporcionar a troca de conhecimentos e experiências e o aperfeiçoamento profissional. Marcando a estreia do projeto, hoje, Conrado Paulino Quarteto chega ao Café para lançar seu novo disco, Quatro climas. Ao todo, serão oito shows, com ingressos a preços populares (R$ 10,00).

Sabendo da importância de conseguir espaços para apresentar sua própria música, os empresários contam que a escolha dos artistas foi feita com base em seus trabalhos autorais. Para Luizinho, "há muita música sendo feita e pouca sendo mostrada, por isso é importante dar oportunidade para as pessoas mostrarem seu trabalho". Outro objetivo era diversificar as atrações e valorizar o que acontece no cenário local. "Queríamos dar voz as pessoas daqui que têm qualidade e já têm referência no meio em que tocam", relata Bethy.

O edital permitiu também uma reforma no estabelecimento, com móveis novos e melhorias na iluminação. O projeto tornou possível, ainda, melhorar as condições de trabalho dos colegas de música, como conta Bethy. "Agora podemos remunerar os artistas independente do público e do valor do ingresso." A acessibilidade também foi contemplada e, além do cardápio em braile, serão instaladas rampas de acesso para cadeirantes, banheiros adaptados e corrimãos. "A gente espera atrair todos os públicos e proporcionar maior independência para as pessoas que querem vir apreciar a música", explica à empresária.

Especialistas em música, os sócios incorporaram aos negócios a forma intimista com que tratam a arte. O cardápio conta com itens produzidos na cozinha da pianista e outros pratos são encomendados de pessoas que trabalham no bairro, o que deixa o ambiente mais familiar. Em eventos maiores, membros da classe artística são contratados para trabalhar como garçons. "A gente sabe o quanto é difícil para o artista se manter financeiramente, então essa foi a forma que encontramos de ajudar", conclui Bethy.
Devido às suas rotinas paralelas, os músicos abrem as portas ao Café Fon-Fon de quinta-feira a domingo, mas ressaltam que o local está aberto à comunidade interessada em se apresentar em outras datas. É só chegar por lá.


quarta-feira, 13 de julho de 2016

Quinteto de Metais da Fundec leva a música à praça central da cidade

No início da tarde, uma surpresa na praça. Homens, mulheres, crianças, jovens, aposentados, gente de todas as idades e classes sociais interromperam seus afazeres ontem, por cerca de uma hora, para ouvir música. Essas pessoas se reuniram próximo à pérgula da Praça Cel. Fernando Prestes, no Centro, onde o Quinteto de Metais da Fundec se apresentava, com participação especial de Daniel Lima na percussão. Daniel já tocou em uma orquestra de Nova York, também atuou na Alemanha e ainda integra a orquestra do maestro João Carlos Martins. A apresentação teve início às 13h e serviu para divulgar o programa Música nas Férias, que será realizado durante todo esse mês, até o dia 2 de agosto, sempre no Salão de Exposições da Fundec, com entrada gratuita. Também são oferecidos masterclasses. 

Quinteto de Metais da Fundec durante apresentação na praça central de Sorocaba - LUIZ SETTI / JCS

No repertório do Quinteto de Metais, o grupo, composto por Fábio Mendes, Fernando Amadeu, Denis Vieira, Rafael Proença e Luís Felipe Agapito, tocou pop, jazz, erudito e MPB. Entre as músicas estavam diversas dos Beatles, temas de filmes e de séries infantis. O pequeno José Matheus Pasquini, 5 anos, identificou na hora o tema do filme O segredo além do jardim. "Gostei muito", disse, animado com a apresentação. Orgulhosa do filho, a mãe, Janaína Vaz da Cruz Nunes, 31, considera importante ter apresentações musicais de qualidade na praça. 

Muitas pessoas que passavam por ali pararam para filmar, moradores desceram dos prédios situados ao redor da praça, e teve quem se programou exclusivamente para ver a apresentação. É o caso da estudante Sandra Dias Torres, 27 anos. "Soube pelo Facebook do Cruzeiro do Sul. Sempre quis ir nas apresentações da Fundec mas não dava, por motivo de trabalho, e hoje consegui. Também gostei muito de ser na praça, por ser um espaço bonito e agradável para ouvir música." 

Na opinião da professora aposentada Eunice Prado, 69 anos, quem teve essa ideia está de parabéns. "Deveria ter o mês inteiro porque alegra todo mundo", comenta. Também o músico aposentado Kurt Steigmann, 86 anos, frequentador assíduo da Fundec, aprovou a iniciativa. Ele disse que já tinha feito essa sugestão para os administradores do espaço e gostou do resultado. "Fica mais espontâneo", analisa. 

Luiz Antônio Zamuner, presidente da Fundec, afirma que a ideia é realizar mais eventos como esse na praça. "Para o ano que vem pensaremos em incluir outros lugares", diz. 

Os participantes do projeto Música nas Férias são professores do Instituto Municipal de Música de Sorocaba (IMMS), administrado pela Fundec, e integrantes da Orquestra Sinfônica de Sorocaba. 

Hoje a programação na Fundec também começa às 13h, com o Grupo de Choro. Às 14h terá um masterclass de violoncelo e às 15h um duo de violinos. Interessados em participar das aulas não precisam se inscrever antecipadamente, basta comparecer no horário marcado. A programação completa pode ser conferida pelo site www.fundecsorocaba.com.br. A Fundec fica na rua Brigadeiro Tobias, 73. Telefone: (15) 3233-2220.


Com ajuda da música, jovem volta a falar após grave problema no cérebro

Estudante de 17 anos descobriu malformação em artéria há um ano.
Moradora de Senhor do Bonfim passou por tratamento de fonoaudiologia.

Jovem passou por seis meses de tratamento de
fisioterapia (Foto: Reprodução/TV São Francisco)

Em abril do ano passado, a estudante Nielly Carneiro, de 17 anos, de Senhor do Bonfim, norte da Bahia, descobriu um problema de saúde grave no cérebro, teve que passar por uma cirurgia,  acabou perdendo a fala e movimentos do lado direito do corpo.

Com auxílio do fisioterapeuta, a jovem passou a cantar durante as sessões do tratamento. A estudante, que já cantava e tocava violão desde os seis anos de idade, conseguiu recuperar a voz através do amor pela música.

"A música para mim é uma calmaria, porque é onde eu encontro um tipo de refúgio para me acalmar, me traz felicidade e tranquilidade", define Nielly.

Ela descobriu uma malformação em uma das artérias do cérebro após passar mal na escola e foi internada às pressas.

"Estava com dor de cabeça muito forte e dormências no lado direito no braço e na boca. E desnorteada, sem noção de nada", relembra a garota.

A avó, Marilene Gonçalves, conta que a jovem ficou internada oito dias em um hospital de Senhor do Bonfim, antes de ser transferida para Salvador, onde ficou 20 dias internada. A solução para o problema de saúde foi uma cirurgia.

"Nessa hora, eu fiquei sem chão. Eu virei para ele [médico] e falei: 'o que o senhor faria se fosse seu filho?'. Ele disse 'ia operar porque se não operar corre o risco de morrer'", recorda a mãe, Rubiane Carneiro.

A estudante fez cirurgia no dia 13 de maio e ficou 14 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. Depois do procedimento cirúrgico, ela perdeu a fala e movimentos do lado direito do corpo.

Fonoaudiólogo usou música em sessões para
tratamento (Foto: Reprodução/TV São Francisco)

O fonoaudiólogo Dinelson Lino, responsável pelo tratamento de Nielly, percebeu a afinidade da jovem com a música e resolveu levar o violão para as sessões, para que ela cantasse.

"Lógico que teve tratamento convencional, onde tive que fazer toda reestruturação da musculatura oral e facial dela", conta.

A jovem passou por seis meses de tratamento com o fonoaudiólogo e também voltou a andar após sessões de fisioterapia. 

"Na terceira sessão de fisioterapia, eu percebi que ela tinha o potencial de andar rápido. Ela andou na décima sessão. É um grande exemplo. Não só para quem está passando por um problema neurológico, como para quaquer pessoa e profissional da area de saúde", resume o fisioterapeuta Flavio Henrique Godoy.

A família agora se orgulha da superação da garota, após passar por todas as dificuldades. "É gratificante para a gente. A gente chorava de tristeza e hoje [chora] de felicidade", comemora a avó Marilene.