sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Pinduca, o rei do carimbó, lança álbum com regravações de músicas antigas

Em entrevista ele diz que "pegou muita vaia" por "modernizar" o ritmo

Pinduca lança álbum com regravações de músicas dos anos 70 e 80. Foto: Ná Music/Divulgação

Por: Pablo Pires Fernandes - Estado de Minas
Publicado em: 30/12/2016 11:37 Atualizado em:

Você pode até nunca ter ouvido falar de Pinduca, mas ele é um artista famoso, embora bem menos do que merece. Para apreciadores de música brasileira, sobretudo das raízes mais populares, sua obra é um universo vasto e digno de muito respeito. Aos 79 anos, o ''rei do carimbó'' está lançando seu 36º álbum, No embalo do Pinduca. São regravações de sucessos de carreira, com arranjos renovados, que não fogem do estilo ao qual manteve total dedicação e fidelidade. Para quem não conhece o trabalho desse mestre, é uma boa oportunidade para apreciar a genuína música paraense.

Confira o roteiro de shows no Divirta-se

Também é pouco provável que você tenha ouvido falar de Igarapé-Miri. É uma cidade, hoje com 60 mil habitantes, no interior do Pará. Em 1934, quando nasceu Aurino Quirino Gonçalves, filho de José Plácido, a vila era um lugar isolado. ''Meu pai era professor de música. Como era no interior, ele ficou com o título de professor. Se fosse na capital, seria chamado de maestro. Ele tocava vários instrumentos, fazia arranjos, compunha. Lá em casa, somos todos músicos'', conta o filho do maestro. ''É uma vocação de família.''

Aurino tinha uns 14 anos quando começou a lidar com a música regularmente. Frequentava os bailes, observava e chegava ao palco para tocar pandeiro quando era convidado. Em uma dessas ocasiões, ganhou sua alcunha, fato que ele narra com gosto, dizendo antes que ''tudo é obra divina'': ''Eu, jovenzinho, fui convidado para dançar uma quadrilha junina. A senhora me deu uns 20 chapéus de palha para eu escrever os nomes dos dançantes, os componentes da quadrilha. Fiquei inventando os nomes: Zé Mané, Sô Fulano, Nhô Sicrano... Era uma linguagem cabocla. De repente, me veio à mente esse nome que lia numa revistinha de quadrinhos. Escrevi o nome no chapéu e pus na minha cabeça. As pessoas viram aquilo e começaram a me chamar de Pinduca. Foi um batismo''.

CARTÓRIO

Hoje, Pinduca está devidamente registrado em cartório. Solicitou reconhecimento do nome artístico e, diante do juiz, ouviu: ''Pinduca é esse que ouço falar aí de música?''. ''Sim, é esse mesmo'', respondeu o próprio. O magistrado assinou imediatamente. ''Foi muito fácil'', conta com notável orgulho. Mas Pinduca ainda não era o ''rei do carimbó'' quando saiu de Igarapé-Miri para outras praças. Alistou-se no Exército e, tenente da Polícia Militar, exerceu mais o comando da banda de música do que outra função.

Em 1957, Pinduca constituiu uma banda, depois, chegou a comandar orquestra de 12 músicos e quatro bailarinas. Sua estreia em long-play, em 1973, foi com Carimbó e sirimbó do Pinduca (Beverly). De lá para cá, passeou por lambadas (possivelmente o primeiro a designar o gênero), siriás, cumbias e comacheras. É um artista que soube fundir as influências que ouviu e criar música brasileira.

Os ritmos do Norte, sobretudo do Pará, constituem uma riqueza específica e imensa no folclore popular brasileiro. A particularidade da música paraense se deve a elementos históricos e geográficos. Um aspecto marcante e distinto da maior parte da música brasileira é a sonoridade latina e o diálogo com o Caribe e o Norte da América do Sul. Pinduca explica: ''Antes da TV e das emissoras de rádio, aqui só tinha uma rádio. E a gente sintonizava emissoras latinas, porque o espaço estava vazio por ter só uma emissora, e as pessoas compravam rádio com alcance para sintonizar essas latinas. Todo mundo gostava e aquilo foi influenciando os ouvidos do cantor e do compositor, nós temos muita influência''.

A lógica antropofágica, qualidade do povo brasileiro, de deglutir várias influências e criar algo inédito, se aplica perfeitamente ao caso. Mas o mestre, com experiência de protagonista, define: ''O carimbó é afro-brasileiro com influências indígena e portuguesa. Essa é a mistura inicial. O resto, nós vamos acrescentando mais um pouquinho, o que chamamos aqui de molho''.

CUSTO ALTO

Pinduca chama de molho a virada fundamental que ele próprio realizou. Foi o responsável por beber na matriz folclórica e dar um passo adiante. ''Não tive influência de ninguém, não copio ninguém, foi uma coisa mesmo minha. Essa mudança que fiz, de modernizar o carimbó, me custou muito caro, peguei muita vaia.'' A rejeição dos que queriam manter a pureza da tradição não abalou sua certeza. ''Eu estava fazendo uma coisa para a juventude. Quando tive oportunidade de gravar, quis aproveitar a juventude, era um carimbó moderno.''

Sem perder a essência da matriz, o artista reestruturou a forma do carimbó. ''Introduzi guitarra, contrabaixo, teclado, até com bateria eletrônica eu já gravei. Quando passou a ter bateria, cada um fazia de um jeito, a batida mudou. Sempre gravei com duas guitarras, uma fazendo o abano e a outra fazendo o contratempo, são coisas que a gente vai acrescentando.''

Agora que a tecnologia rompeu barreiras e o interesse pela produção e tradição da música do Norte cresceu, é oportuno o lançamento de No embalo do Pinduca. O álbum, parte do projeto Natura Musical, conta com produção de  Manoel Cordeiro, importante representante da guitarrada, outro gênero paraense. ''Eu ainda não vi um cara para tocar violão e teclado como ele, é um craque, sabe fazer, conheço o talento dele há muitos anos'', diz Pinduca sobre o produtor.

São 13 faixas, versões de canções gravadas entre 1974 e 1980, sendo quatro delas medleys com duas canções em uma só. ''Gostei, porque veio com um som diferente, mais apurado, bonito'', declara, sobre No embalo do Pinduca. As regravações trazem roupagem atualizada, com maior precisão nos timbres e clareza nos arranjos. A estrutura rítmica não se altera, porém, os batuques africanos são mais raros e pontuais em relação às canções originais, o que tira um pouco o sabor regional e a referência de sua matriz.

A grande novidade são as guitarras de Manoel e Felipe Cordeiro, pai e filho, que trazem dedilhados e suingue às canções. A essência está toda lá: naipes de metais e balanço latino, o humor e o retrato cotidiano, um toque de brega e o clima festivo que impregna todo o álbum. Pinduca é mestre e canta como se fosse um jovem. Disco que alimenta a alma brasileira.

SERVIÇO
No embalo do Pinduca
Gravadora: Ná Music
Preço sugerido: R$ 23
Disponível em streaming no site da Natura Musical

A música baiana perde folego e cede lugar à música brega

A música baiana que por várias décadas dominou a cena musical brasileira, com o advento do axé-music, perde folego e vem sendo substituída pelo “besteirol” formado pelo forró estilizado e o sertanejo universitário. 

Elomar Figueira de Melo


O nível da música brasileira caiu muito nas últimas três décadas, com as grandes gravadoras impondo a todo o país, estilos musicais com letras de rimas pobres e o romantismo brega.

A Música Popular Brasileira (MPB) resiste nos meios intelectuais (uma cultura musical que é transmitida de pai para filho), mas, na grande mídia ela desapareceu completamente, porque o gosto musical da grande massa (massa ignara) é ditado por programas do tipo Faustão, Raul Gil e outros do gênero.
Você, eu, qualquer pessoa liga o seu rádio e o que ouve, via de regra, são músicas de duplo sentido e de gosto duvidoso. Uma música (insisto) que nos é imposta pela indústria da música - que só pensa na venda de shows e nos cachês, muito deles superfaturados.


O novo na música brasileira é o Hip Hop e o Rap, com músicas instigantes, inteligentes e comprometidas com o social, como as produzidas por Criolo, Carol Conka, Racionais MC, Sabotagem e Clã Nordestino. No Brasil, só intelectuais conhecem o trabalho de Elomar, Xangai, Valeduaté, Chico Maranhão, Paulinho Pedra Azul e Itamar Assunção. (Dom Maranhão)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Gustav Ritter abre inscrições para novos alunos

Confira o calendário para os testes de aptidão

O Instituto de Educação em Artes Profº Gustav Ritter já está recebendo inscrições para os testes de aptidão para o ano 2017 nas áreas de Música, Teatro e Dança. São aceitos alunos a partir de cinco anos. Fechado para as festas de final de ano, a escola realizará matrículas novamente entre o dia 2 de janeiro ao dia 13.



Nos testes, são avaliadas as capacidades de perceber, memorizar e reproduzir sons, por exemplo - não é necessário saber tocar nenhum instrumento. É necessário levar identidade ou certidão de nascimento e pagar uma taxa de colaboração de R$15.

A Escola de Música tem vagas disponíveis para aulas de canto, piano, trompete, tuba, trombone, clarineta, flauta doce e transversal, saxofone, contrabaixo acústico e elétrico, violoncelo, bateria, percussão, violão popular e erudito, violino e teclado. Já a Escola de Dança oferece aulas de balé clássico, balé contemporâneo, jazz e danças urbanas, oficinas de teatro físico, interpretação teatral, jogos teatrais, iniciação ao teatro infantil, formação do ator, percepção musical, expressão corporal, dinâmica de grupo, montagem e produção de espetáculos.

As aulas são ministradas às 8h às 11h (matutino), 14h às 17h30 (vespertino) e 19h às 21h (noturno). O Gustav Ritter está localizado na Avenida Marechal Deodoro da Fonseca, no Setor Campinas. Confira o calendário:

Música

Teste de aptidão - 1ª Fase: 30/ 01/17 a 02/02/17
Resultado do teste de aptidão - 1ª Fase: 03/02/17 às 17h

Teste de aptidão - 2ª Fase: 06 e 07/02/17

Resultado final do teste de aptidão: 09/02/17 às 17h

Matrícula de novos alunos: 09/02/17 a 06/03/17

inRead invented by Teads

Contribuição voluntária: R$ 55

Teste de nível: 19 e 20/01/17
Resultado do teste de nível: 24/01/17 às 17h

Matrícula alunos da casa: 02/01/17 a 17/02/17
Contribuição voluntária: R$ 55

Início das aulas: 06/03/17
Informações – Núcleo de Música: (62) 3201- 4708

Dança

Inscrições para os testes de aptidão e nível: 02/01/17 a 31/01/17
Horários: 8h às 11h (matutino), 14h às 17h30 (vespertino) e 19h às 21h (noturno). Documentos: Identidade ou certidão de nascimento

Taxa de colaboração: R$ 15

Local: Instituto Gustav Ritter (Av. Marechal Deodoro da Fonseca, nº 237 – Campinas)

Teste de aptidão e nível: 06/ 02/17 a 10/02/17
Resultado dos testes: 14/02/17 às 17h

Matrícula de novos alunos: 15/02/17 a 03/03/17
Contribuição voluntária: R$ 55

Matrícula alunos da casa: 16/11/16 a 16/12/16
Contribuição voluntária: R$ 55

Início das aulas: 06/03/17
Informações – Núcleo de Dança: (62) 3201- 4700

Teatro

Inscrições para os testes de aptidão e nível: 02/01/17 a 31/01/17
Horários: 8h às 11h (matutino), 14h às 17h30 (vespertino) e 19h às 21h (noturno). Documentos: Identidade ou certidão de nascimento Taxa de colaboração: R$ 15

Local: Instituto Gustav Ritter (Av. Marechal Deodoro da Fonseca, nº 237 – Campinas)

Teste de aptidão e nível: 06/ 02/17 a 10/02/17
Resultado dos testes: 14/02/17 às 17h

Matrícula de novos alunos: 15/02/17 a 03/03/17
Contribuição voluntária: R$ 55

Matrícula alunos da casa: 02/01/17 a 17/02/17
Contribuição voluntária: R$ 55

Início das aulas: 06/03/17
Informações – Núcleo de Teatro: (62) 3201- 4688.

Projeto Guri abre vagas para turmas em 2017

Após divulgar que firmará convênios com as prefeituras para manter as atividades das Oficinas Culturais, entre elas a Fred Navarro, em Rio Preto, a Secretaria de Estado da Cultura anunciou, nesta quinta-feira, 22, que vai garantir também a verba necessária à manutenção do Projeto Guri em 2017.

Programa receberá um investimento de R$ 86,6 milhões no ano que vem

O programa receberá um investimento de R$ 86,6 milhões no ano que vem. Com o aporte garantido, o Projeto Guri funcionará com 384 polos, sendo 46 na Capital e Grande São Paulo e 338 no Interior, Litoral e unidades da Fundação Casa. Criado em 1995, o Guri oferece vários cursos para crianças e adultos.

Em Rio Preto, o projeto está sediado no prédio da Unorp. No local, são ministrados cursos de cavaco, clarinete, contrabaixo acústico, canto coral, flauta transversal, iniciação musical, percussão, saxofone, trombone, trompete, violão, violino, violoncelo, viola e viola caipira. As inscrições para novos alunos podem ser feitas de 30 de janeiro a 24 de fevereiro. Mais informações pelo (17) 3203-2500.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Conservatório de Tatuí abre 370 novas vagas para diversos cursos

O Conservatório de Tatuí abre em janeiro inscrições para 370 novas vagas em 46 cursos de música, luteria e artes cênicas. Há vagas para crianças a partir dos quatro anos de idade. As inscrições poderão ser feitas a partir do dia 4 até as 18h do dia 20 de janeiro no site conservatoriodetatui.org.br/ vagas. A taxa de inscrição é de R$ 60. O candidato somente poderá se inscrever para um único curso.

As inscrições para os cursos devem ser feitas pela internet - BRUNO CECIM

A área de artes cênicas oferece vagas para os cursos de teatro juvenil (25), teatro adulto (25), aperfeiçoamento (15) e cenografia (25).
 
A área de educação musical oferece vagas para musicalização infantil 1 para crianças de 4 anos (24 vagas para o período da manhã e 24 para o período da tarde); musicalização infantil 2 para crianças de 5 anos (12 vagas para o período da manhã e 12 vagas para o período da tarde); iniciação musical 1 para crianças de 6 anos (15 vagas para o período da manhã e 15 vagas para o período da tarde) e musicografia braille (6 vagas).
 
Para as seguintes áreas são oferecidas vagas para candidatos com e sem conhecimento musical. Na área de cordas sinfônicas e luteria são oferecidas vagas para viola (5), violoncelo (11), contrabaixo acústico (10) e luteria (10). Em sopros -- madeiras, as vagas disponíveis são para flauta transversal (3), clarinete (5) e fagote (5). Em sopros -- metais, as vagas são para trompa (14), trompete (1), trombone (4), eufônio (2) e tuba (1). Em percussão sinfônica, são 3 vagas. Para piano clássico são 18 vagas e, para harpa, uma somente para candidatos sem conhecimento. Para canto lírico são 2 vagas. Em performance histórica, há vagas para flauta doce (5 para candidatos sem conhecimento); cravo (3); violino/viola barroca e cordas dedilhadas históricas (1 para candidatos com conhecimento). Em violão clássico são 10 vagas disponíveis.
 
Para os cursos das áreas de música popular/jazz e choro, são oferecidas vagas apenas para candidatos que já tenham conhecimento musical. Em MPB/Jazz, há duas vagas para cada um dos cursos oferecidos: contrabaixo elétrico e acústico, violão, guitarra, piano, canto, clarinete, saxofone, trompete, trombone, bateria e percussão.
 
Para a área de choro, é oferecida uma vaga para o curso de bandolim e uma para o de percussão.
 
Na área de fundamentos de regências, são 15 vagas para banda sinfônica e 15 para coral.
  
Seleção
 
Nos cursos de música, candidatos sem conhecimento musical, serão submetidos exclusivamente a uma entrevista presencial frente a uma banca. Esta banca poderá pedir ao candidato para realizar algumas atividades e exercícios musicais simples com a finalidade de auferir sua percepção auditiva, memória musical e coordenação motora básica.
 
Já os candidatos com conhecimento musical serão submetidos a duas fases eliminatórias. Na primeira fase, todo candidato que tiver algum conhecimento musical deverá gravar um vídeo e disponibilizá-lo no canal Youtube com a finalidade de ser posteriormente analisado. De acordo com a secretaria pedagógica, a novidade irá facilitar o sistema de seleção, garantir a fidelidade à performance dos candidatos e, principalmente, evitar que os candidatos tenham de se deslocar até a instituição duas vezes. "Os candidatos vinham até de outros países e precisam aguardar o período de aprovação na primeira fase para serem submetidos à segunda. Agora, ficará mais fácil", destacou a equipe pedagógica.
 
A partir do dia 31 de janeiro de 2017 a lista dos candidatos aprovados na primeira fase será divulgada. A segunda fase será presencial.
 
Os candidatos inscritos nos cursos de luteria, regência de banda e regência coral serão submetidos a uma única fase de seleção, sendo que as datas das provas e entrevistas serão divulgadas no site do conservatório a partir de 31 de janeiro. No curso de regência de banda e regência coral, os candidatos maiores de 18 anos farão testes escritos. Já no curso de luteria, os candidatos maiores de 16 anos farão um teste prático (construção de um cubo), teste auditivo e entrevista.
 
Os cursos de musicalização infantil e iniciação musical (para crianças de 4 a 6 anos completos até o dia 30 de abril) têm vagas preenchidas mediante sorteio aberto ao público. Já o curso de musicografia braille terá vagas preenchidas por meio de entrevistas.
 
Para artes cênicas e cenografia a lista com os nomes, dias, horários e local dos testes será divulgada no site do conservatório.
 

Informações podem ser obtidas pelo email secretaria@conservatoriodetatui.org.br, pelos telefones (15) 3205-8443/8447/8448 ou pessoalmente na secretaria escolar, localizada à rua São Bento, 808 (Tatuí), no horário das 8h às 12h e das 13h às 17h, de segunda a sexta-feira.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

HYLDON LANÇA NOVO ÁLBUM. OUÇA AGORA


Nos seus mais de 40 anos de carreira, Hyldon ajudou a escrever a história da soul music brasileira. Cantor, compositor, produtor, arranjador e musicista, seu novo disco de inéditas traz 10 músicas, todas produzidas e assinadas por ele, sendo algumas com parceiros como Cris Delanno, Alex Moreira, o pianista Luiz Otávio e Alex Malheiros. "É um álbum que fala da família, da amizade, das memórias afetivas e das paixões. Esse disco tem muito de mim, todas as letras são minhas e, depois da experiência do último disco, 3 anos atrás, neste eu imprimi mais a minha marca, tanto na concepção musical como na produção. Deu muito trabalho, e agora que está pronto, me traz muito orgulho. Sensação de dever cumprido. " – conta Hyldon.



A banda formada por Guinho Tavares (guitarra, violão e vocal), Felipe Marques (bateria e percussão), Arthur de Palla (baixo e vocal), Luiz Otávio (piano, teclados e sintetizadores), Márcio Pombo (piano, órgão, sintetizadores, cordas e vocal), Marlon Sette (trombone), Diogo Gomes (flugelhorn e trompete) e Rodrigo Revelles (flauta, saxofone barítono, soprano e tenor), que o acompanhou foi fundamental no projeto. "A participação dos excelentes músicos que trabalham comigo e se doaram ao projeto como se fosse seus próprios discos fez toda diferença. Levamos exatamente um ano nesse processo. É quase um disco de banda e o legal disso é que depois estaremos juntos no palco pra celebrarmos com o público nossas aventuras musicais" – conclui.


"As Coisas Simples da Vida" está à venda nos formatos digital, CD e vinil e está liberado para streaming no canal oficial da Deck no YouTube.


Ouvir as músicas aqui

terça-feira, 29 de novembro de 2016

'Jazz no Largo' recebe show do Hot Club de Piracicaba na Rua do Porto

Projeto acontece semanalmente com objetivo de promover o gênero musical.
Apresentação começa às 20h no Colombina Bar e depois terá 'jam session'.


Hot Club de Piracicaba se apresenta durante evento Jazz no Largo (Foto: Antonio Trivellin)


O 'Jazz no Largo' apresenta nesta quarta-feira (30) o Hot Club de Piracicaba (SP) no Colombina Bar e Música, às 20h. Idealizado por artistas locais, o projeto acontece semanalmente e tem o objetivo de promover o gênero musical na cidade.

Nesta quarta, o convidado é o Hot Club de Piracicaba, que tocará  temas de gypsy jazz, estilo musical criado pelo belga Django Reinhardt, e standarts do jazz tradicional. A apresentação principal vai ser seguida por uma "jam session", quando os músicos improvisam juntos.

O projeto do "Jazz no Largo" foi idealizado pelo pianista André Grella, em parceria com o saxofonista Augusto Vechinni e os bateristas Maicon Araki e Wagner Silva, com apoio de Pablo Carajol.

A formação atual do Hot Club de Piracicaba é com André Grella (teclados), Eli Silva (trompete), Frank Edson (tuba), Fernando Seifarth (violão), Giliadi Richter (bateria), Pa Moreno (vocal), e Ricardo Diniz (trombone).

Serviço
O quê: Jazz no Largo com Hot Club de Piracicaba
Quando: Quarta-feira (30), às 20h
Onde: Colombina (Largo dos Pescadores)
Quanto: Couvert R$ 8

Informações pelo telefone (19) 30351501

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Prova para o Curso Técnico em Música

Dias 6 e 7 de dezembro de 2016, no Conservatório de Música Padre José Maria Xavier, em São João Del Rei MG. As 19 horas. Curso gratuito.

Você já pensou em trabalhar com o que gosta? No mercado atual, fica cada vez mais difícil conquistar um espaço sem formação técnica ou superior. Nos dias 6 e 7 de dezembro deste ano de 2016, acontecem as provas para o Curso Técnico em Música do Conservatório Padre José Maria Xavier.
A instituição Estadual oferece cursos em diversos instrumentos com diploma reconhecido pelo MEC e aceito em todo território nacional para efeitos de concursos e contratações. São 50 vagas ao todo para começar os estudos no próximo ano (2017). As aulas são semanais e as vagas são divididas entre 25 (diurno) e 25 (noturno).
Ficou interessado?
Endereço
Conservatório Estadual de Música Padre José Maria Xavier
Rua Padre José Maria Xavier, 164
Centro, São João del Rei - MG
CEP: 36.307-340
E-mail
conservatoriosjdr@gmail.com
Telefone
(32) 3371 7672
Boa Sorte!

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Pão e Circo se apresenta no aniversário de Poços de Caldas

Show gratuito será na Praça Pedro Sanches, com a mistura de rock, sons eletrônicos, marchinhas e dobrados.

Como parte da Programação do 144º Aniversário de Poços de Caldas a banda Pão e Circo realiza a última apresentação do projeto “Pão e Circo no Coreto” na Praça Pedro Sanches no próximo domingo (06), às 14h30.

Apresentação do projeto “Pão e Circo no Coreto” em Poços de Caldas.

O show gratuito é viabilizado por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura tendo incentivo da empresa Biotropica Consultoria Ambiental e apoio da Secretaria Municipal de Cultura e da Secretaria de Turismo, com a produção cultural feita por Chiara Carvalho. Outras apresentações no coreto também foram viabilizadas pelo patrocínio direto do Grupo DME.

Esta será a terceira apresentação do projeto “Pão e Circo no Coreto” em Poços de Caldas neste ano de 2016. A proposta do Pão e Circo é recuperar a cultura das fanfarras e bandas marciais, utilizando músicas que mesclam rock e sons eletrônicos com marchas e dobrados.

Shows
Em junho e julho Pão e Circo fez apresentações do projeto “Pão e Circo no Coreto” em Poços de Caldas. Em julho também se apresentou no Festival Rasgamundo, evento integrado ao Julho Fest.
No mês de agosto, o grupo se apresentou no coreto da cidade de Santa Rita do Sapucaí pelo projeto “Pão e Circo no Coreto” na programação do Festival Cidade Criativa Cidade Feliz e também no Teatro Inatel, no evento Burn The Lizard Sessions, marcando o lançamento do primeiro disco nas plataformas digitais.

Pão e Circo fará uma apresentação no New York Pub em dezembro, com data a ser confirmada.

História
O Pão e Circo foi formado em 2008 por quatro músicos de Poços de Caldas e tinha como objetivo se tornar parte do cenário da música autoral da cidade. Na busca por referências rítmicas eles encontraram inspiração nas bandas marciais, de coretos e em bandas de fanfarra, que tocam marchas e dobrados – sendo este último um ritmo exclusivamente nacional, uma vez que Brasil possui grandes compositores de dobrados, como Joaquim Naegele e Pedro Salgado.

A banda utiliza de uma mescla de rock’n roll, cultura circense e de fanfarra para atrair os jovens e trazer a tona o interesse pelos aspectos culturais de Poços de Caldas. As canções misturam ritmos do início do século XX com blues, rock e sons eletrônicos, valorizando os instrumentos de sopro.

“A intenção do Pão e Circo não é ser exclusivamente mais uma banda de rock e sim uma produtora de músicas que busca autenticidade na mistura sonora e nas letras, onde a métrica, a melodia e a história contada se conecta com o ritmo”, explica Renato Gaiga, guitarrista e um dos fundadores do grupo.

Cd
O primeiro disco do grupo, lançado em 2012 e com 9 faixas, foi inteiramente produzido, gravado e mixado em um home studio improvisado na casa de um dos integrantes. Já em fevereiro de 2014 o grupo lançou o primeiro videoclipe de animação, viabilizado pelo Projeto Federal de Lei de Incentivo à Cultura, financiado pelo Grupo Curimbaba e Climepe Total e produzido pela Buba Filmes. Em agosto de 2016 foi feito o lançamento do primeiro disco nas plataformas digitais como o Spotify, Deezer, iTunes, entre outras.

A banda hoje é composta por seis músicos: Alexandre Nader (baixo), Danilo Bareiro (vocal), Giovane Brito (trompete), João Paulo Ayres (bateria), Luis Prata (trombone) e Renato Gaiga (guitarra).

Atualmente eles trabalham na produção do segundo disco autoral, que deve ser lançado no final do ano.


O grupo segue o estilo independente e utiliza de apoios municipais e patrocínios para realização das apresentações, produção de CDs e videoclipes. Para apoiar e conhecer melhor o trabalho do Pão e Circo acesse o site  ou a página da banda no Facebook.

Coro Sinfônico da Paraíba e Orquestra Sedec apresentam concerto em João Pessoa

Hallelujah, Moonlight Serenade, New York, New York e Chega de Saudade são algumas das músicas que integram o programa do Concerto Canto Metal, que será apresentado pelo Coro Sinfônico da Paraíba e a Orquestra Sedec nesta quinta-feira (3), às 20h30, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira, da Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc), em João Pessoa. O concerto terá a participação do Coral Filhos de Asafe e do cantor Sílvio Tchê. A entrada é gratuita.

Foto: Secom/PB
Com regência do maestro Daniel Seixas, o Coro Sinfônico da Paraíba vai abrir o concerto executando a música “Glória – Da Missa em Ré Maior, Op. 86”, de A. Dvorak. Em seguida, os integrantes do Coro vão cantar “Salmo 23 – Do Réquiem Para Um Trombone”, de Eli-Eri Moura; “Lacrimosa – Do Réquiem de Mozart, KV 626”; “Hallelujah – Do Messias”, de Haendel; e “As Bem Aventuranças”, de Alexandre Reichert Filho, com participação do Coral masculino Filhos de Asafe, sob regência do maestro Daniel Berg.

A apresentação do Coro Sinfônico termina com as músicas “Gloria all’ Egitto – Da ópera Aida”, de G. Verdi, e “Majestoso Gonzagão”, de vários autores, com arranjo de Chiquito.

Logo depois, a Orquestra Sedec sobe ao palco. Sob a regência do maestro Chiquito, a apresentação começa com a execução de serenatas: “Moonlight Serenade”, de Glenn Miller/Parish; “Misty”, de Burke Garne; e “Stormy Weather”, de H. Arlen/T. Koehler, todas com arranjo de Chiquito.

Logo após, será a vez da execução de “New York, New York”, de John Kander/Fred Ebb, também com arranjo de Chiquito e participação do cantor Sílvio Tchê, e “Chega de Saudade”, de Tom Jobim/ Vinícius de Moraes, com arranjo do maestro Duda.

A sequência seguinte, intitulada de Dominguineando, é formada por composições de Dominguinhos com arranjo do maestro Chiquito: “Quem me Levará Sou Eu”, de Dominguinhos/Manduca; “Eu me Lembro”, Dominguinhos/Anastácia; “Quando Chega o Verão”, Dominguinhos/Abel Silva; “Sanfona Sentida”, Dominguinhos/ Anastácia; “Sete Meninas”, Dominguinhos; “Isso Aqui Tá Bom Demais”, Dominguinhos/Nando Cordel, e “Pedras que Cantam”, Dominguinhos/Fausto Nilo.

Para finalizar, a Orquestra Sedec e o Coro Sinfônico da Paraíba fazem apresentação conjunta executando as músicas “Paraíba Joia Rara”, de Ton Oliveira, e “Meu Sublime Torrão”, de Genival Macedo, com arranjo e regência do maestro Chiquito.

O maestro Daniel Seixas destaca que neste segundo ano à frente do Coro Sinfônico da Paraíba, tem a honra de trazer ao público paraibano um concerto bem eclético que vai do erudito ao popular.

“Na primeira parte teremos do Hallelujah de G. F. Handel, ao Coro Triunfal da ópera Aida de G. Verdi com a participação especial do coral masculino Filhos de Asafe do maestro Daniel Berg, passando pelo Lacrimosa do Requiem de W. A. Mozart e o Salmo 23 do professor Eli-Eri Moura. Depois do intervalo, a Orquestra Sedec, sob a batuta do Maestro Chiquito, nos brindará com clássicos da música paraibana e internacional. Desde já meu agradecimento a toda a equipe Funesc que muito nos ajudou na preparação e divulgação desta apresentação”, disse o maestro, completando: “Contamos com a presença de todos vocês”.

Coro Sinfônico da Paraíba – Fundado em 1960, é um dos grupos oficiais da Orquestra Sinfônica da Paraíba, formado por coristas da mais larga experiência e das mais variadas idades e profissões, que desenvolvem o gosto pelo canto coral, com o objetivo de proporcionar a todos uma música de qualidade.

Desde então tem atuado junto à Orquestra Sinfônica da Paraíba e Orquestra Sinfônica Jovem, em diversos concertos, com grande repercussão no meio musical, apresentando importantes obras para coro e orquestra, além de concertos didáticos e populares.

O grupo tem, em seu currículo, inúmeras apresentações em festivais nacionais e internacionais em diversas partes do Brasil e em encontros de coros.

Foto: Secom/PB
Daniel Seixas (regente) – Natural de João Pessoa (PB), o pianista e regente Daniel Seixas dos Santos iniciou seus estudos musicais aos 13 anos com a professora Kátia Gurgel (piano) e deu prosseguimento na Escola de Música Anthenor Navarro (Eman) com Glenda Romero (piano), Sara Martins (canto) e Luiz Carlos Durier (teoria e solfejo).

É bacharel em piano pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), onde foi aluno nas classes de Vânia Camacho e Luciana Noda (piano), Eli-Eri Moura e Orlando Alves (contraponto), Luceni Caetano (flauta doce) e Heloísa Müller (música de câmara), participando de diversos concertos de música barroca nas igrejas históricas da cidade.

Desde 2009, Daniel Seixas é pianista colaborador da UFPB e vem desenvolvendo uma intensa atividade camerística onde se destaca, por exemplo, a pesquisa e divulgação da música brasileira para canto e piano junto à classe de canto do professor Vianey Santos. Paralelamente, ao longo de toda sua formação musical esteve atuando em coros da cidade, tanto como pianista, como regente, entre eles: o Coro da Primeira Igreja Batista de João Pessoa (pianista acompanhador); Coral da Eman (regente); Coral da Primeira Igreja Congregacional (regente) e o Coral Sinfônico da Paraíba (regente).

Outras participações: Via Sacra, de Ilza Nogueira (solista – 2004); Fantasia Coral, de Beethoven, com a OSPB Jovem (solista – 2006); Te Deum, de Villani-Cortés, com a OSPB Jovem e Coral da Igreja Assembleia de Deus central de Jaguaribe (pianista acompanhador); Barbeiro de Servilha, de G. Rossini (regente preparador do coro – 2010) e a produção da ópera Orfeo e Euridice, de Gluck (regência – 2009).

Foto: Secom/PB
Maestro Chiquito (regente da Orquestra Sedec) – Francisco Fernandes Filho é natural de Santa Luzia (PB). Como ele mesmo explica, nasceu músico, roqueiro, sambista, frevista, forrozeiro… e participou de toda “qualistia” de manifestação cultural nordestina, desde o Coco de Roda de Mané de Bia até a Orquestra Sinfônica, passeando por orquestras de frevos, conjuntos de bailes, grupos de dança, orquestra sanfônica, charangas, ala-ursas, escolas de samba e regionais de forró, entre outros.

Aprendeu as primeiras notas musicais na Banda de Música 23 de Maio, de Santa Luzia, com o seu padrinho, maestro Ernani da Veiga Pessoa e outros professores. Na UFPB, bacharelou-se em trompete (piston), com o professor Gerard Hostein.

Maestro Chiquito, que se intitula radical defensor da cultura nordestina, fundou e participou da fundação de vários grupos na Paraíba, entre eles, Orquestra Matalúrgica Filipéia, Clã Brasil, Orquestra PB-Jazz, Orquestra Sanfônica do Cariri, Orquestra Toque de Vida, Charanga Baraúna e Conjunto Os Gênios.

FONTE: Secom/PB

Crítica: ‘Dobrando a Carioca’ faz estudo da história do samba e de seus participantes

Disco traz encontro de Zé Renato, Jards Macalé, Guinga e Moacyr Luz



RIO — Lançado agora em CD e DVD (Biscoito Fino), o encontro no palco entre Zé Renato, Jards Macalé, Guinga e Moacyr Luz — nascido em 1999 para o belo projeto “Seis e meia”, do Teatro João Caetano, e remontado no ano passado, quando foi gravado no Sesc Ginástico — traz nele muito mais do que as quatro trajetórias. No espetáculo, há a reunião de quatro olhares sobre a música brasileira — e, mais especificamente, sobre o samba. Quatro vozes, quatro violões, quatro repertórios costurando o passado e os presentes do samba.

Os quatro caminhos têm como ponto de intercessão o fato de serem traçados por artistas que — apesar de terem sucessos comerciais marcantes no currículo — sempre se pautaram pela independência. Jards visita a tradição de forma anárquica, Guinga reconstrói essa tradição em catedrais completamente novas, Moacyr carrega o fundo dos quintais suburbanos em harmonias litorâneas, Zé Renato é um cultor da beleza apolínea. Juntos, eles se propõem, sem bandeiras, a pisar no chão comum do samba, conversando a partir de diferenças e semelhanças.

Muitas vozes são puxadas para a roda: Pixinguinha (“Um a zero”, com letra de Nelson Angelo), Padeirinho (“Favela”), Zé Ketti (“Nega Dina”), Jackson do Pandeiro (“Como tem Zé na Paraíba”) e Moreira da Silva (“Acertei no milhar”). Há ainda as canções-tributo de Moacyr e Aldir (“Cachaça, árvore e bandeira”, para Carlos Cachaça, e “Anjo da Velha Guarda”, para os mestres das escolas). A história do samba sendo costurada declarada ou insinuadamente (como samba-choro ancestral e novíssimo “Picotado”, de Guinga).

Guinga, Jards Macalé, Moacyr Luz e Zé Renato retomam projeto de 1999 em novo CD e DVD - Divulgação/ Marluce Martins


Apesar de os quatro serem violonistas, é rara a redundância. Guinga assume o papel de comentar ao instrumento quando um dos outros está à frente (como em “Cidade lagoa”, em “Cachaça, árvore e bandeira” ou no solo em “Vapor barato”, a que Macalé assiste rindo de admiração). Macalé faz solo de trombone com a boca e toca até penico. Zé Renato é o percussionista principal (“o melhor pandeirista do Leblon”, zoa Guinga), além de dar a pureza de sua voz para melodias como “Você, você” e “Anjo da Velha Guarda”. Moacyr é o centro de gravidade, talvez o que melhor consiga transitar entre os quatro universos — os do samba, enfim. Como ele canta: “Folha sagrada onde o morro reescreve/ A história do seu povo/ Mas essa é verdadeira’’.


Cotação: Bom.

domingo, 7 de agosto de 2016

O ensino de música e sua relação com o desempenho escolar


O ensino de música nas escolas brasileiras é o tema deste programa. Hugo Cogo Moreira, que estuda como a música melhora o desempenho acadêmico das crianças com problemas de leitura, e Milton Joeri Fernandes Duarte, que pesquisa o uso da música em aulas de história para facilitar a memorização dos conteúdos, conversam com o jornalista Ederson Granetto sobre como as escolas devem incluir a disciplina de música no currículo. Isso, porque apesar de determinado por Lei, não há uma regulamentação que esclareça cargas horárias nem as idades dos alunos que deveriam estudar música.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

DIVULGAÇÃO: VI semana de educação musical - IA UNESP

É com grande satisfação que convidamos a todos a participarem da VI SEMANA DE EDUCAÇÃO MUSICAL - IA UNESP, que ocorrerá nos dias 08, 09 e 10 de setembro de 2016, no Instituto de Artes de Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"



Endereço:
Rua Dr Bento Teobaldo Ferraz, 271, Barra Funda, São Paulo / SP - CEP: 01140-070
Próximo ao Terminal Rodoviário e Metroviário Barra Funda

Informamos que a data para Submissão de Trabalhos foi prorrogada até 10/08!!!

O evento terá Anais com ISBN, de maneira que, os autores que tiverem trabalhos aprovados, deverão encaminhar após receberem notificação relativa à aprovação, o texto do Pôster em formato de Resumo Expandido. Junto ao e-mail referente à aprovação será enviado um modelo para elaboração do Resumo Expandido, bem como a data para entrega da versão final.

As orientações podem ser encontradas no blog:
http://visemedmusical.blogspot.com.br/p/submissao-de-trabalhos.html

Os interessados em participar da seção de lançamentos, favor contatar visemedmusical@gmail.com

DIVULGAÇÃO: I Encontro de Educação Musical do Vale do São Francisco

Gostaria de convida-los para o I Encontro de Educação Musical do Vale do São Francisco que acontecerá na cidade de Petrolina-PE, nos dias 04 e 05/08. O Tema do evento é Formação e Pesquisa em Educação Musical: Caminhos e Perspectivas.
Período para envio de trabalhos: 01/06/2016 a 03/07/2016.

Inscrições para o evento até 31/07.



EIXOS TEMÁTICOS: 
GT 1: Conteúdo e didática nos diferentes espaços de educação musical.
GT 2: Ensino e aprendizagem da música nas escolas de ensino básico.
GT 3: Educação musical mediada pelas tecnologias.
GT 4: Educação musical e inclusão (necessidades específicas e sociais).

Para outras informações acessar o endereço do evento:
encontrodeeducacaomusicalvsf.blogspot.com.br

quinta-feira, 28 de julho de 2016

DIVULGAÇÃO: Inscrições para o processo seletivo para os Cursos de Música da ELM - 2º semestre 2016

A ELM - Escola Livre de Música da Unicamp, órgão de ação educativa, desenvolvido pelo CIDDIC - Centro de Integração, Documentação e Difusão Cultural COCEN/UNICAMP, informa que estão abertas as inscrições para o processo seletivo para os Cursos de Música da ELM, no mês de Julho/Agosto do ano de 2016, para as turmas do semestre referido.
Inscrição on-line 25 de Julho a 02 Agosto.



Realize sua inscrição e leia o edital completo através do site da ELM no endereço abaixo:


De Chiquinha Gonzaga ao funk, música brasileira vai ditar ritmo da Cerimônia de boas-vindas da Vila Olímpica

Uma trilha sonora com diversas músicas brasileiras chamou a atenção de todos que passavam pela área de convivência da Vila Olímpica do Rio-2016 na manhã desta quinta-feira. O som alto era fruto do último ensaio da Cerimônia de boas-vindas do local, que será apresentada a todas as delegações a partir de amanhã. Serão várias sessões diárias, até o dia 4, véspera da abertura oficial dos Jogos.
Vestidos com roupas coloridas, três grupos de cerca de 30 bailarinos cada vão se revezar durante as apresentações. Na lista, vários estilos: da música indígena ao fumo carioca.



- Na abertura há uma música original que foi feita após uma pesquisa sobre os instrumentos indígenas e a influência deles na música brasileira até os dias de hoje - disse o músico Gabriel Muzak, responsável pela trilha da cerimônia.

Após a abertura, uma sequência de músicas toma conta do cenário. Até o final da apresentação, os atletas vão ouvir canções de Chiquinha Gonzaga, Carmen Miranda, Luiz Gonzaga, Villa Lobos, Cartola, Nação Zumbi, Tim Maia, entre outros.

- Vamos apresentar a musicalidade brasileira a todas as delegações - completa Gabriel.


Bares querem nova lei para oferecer música ao vivo em BH

Exigências atuais são as mesmas para esses estabelecimentos e para boates; ideia é ter regra intermediária

ANA PAULA PEDROSA
RAFAELA MANSUR

Ação. Desde o último dia 20, oito fiscais da Regional Nordeste fazem operação para cumprimento da Lei do Silêncio na rua Alberto Cintra

Os empresários de bares e de restaurantes querem modificar a lei que estabelece regras para música ao vivo ou som mecânico em Belo Horizonte. Considerada inviável pelo setor, a legislação atual faz as mesmas exigências de uma casa de shows ou boate a um bar que tenha um cantor com violão. 

“Buscamos um licenciamento diferenciado porque, para os bares, a música não é atividade-fim, é complementar”, explicou o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG), Ricardo Rodrigues. Ele disse que mesmo não sendo atividade-fim, para alguns estabelecimentos, a música é “questão de sobrevivência”. As conversas da entidade com o Conselho Municipal de Política Urbana (Compur) estão em fase inicial, e não foram definidas quais seriam as exigências desse licenciamento intermediário.

Hoje, de acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), para obter o Alvará de Localização e Funcionamento (ALF) com música, o estabelecimento precisa atender uma série de exigências, como fazer um Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), tratamento acústico, apresentar laudo técnico do sistema de prevenção e combate a incêndio e pânico, entre outros.

Conforme um engenheiro ambiental, que não quis ser identificado, somente a elaboração do EIV custa entre R$ 9.000 e R$ 12 mil. Ele afirmou que o levantamento é exigido, geralmente, em espaços com mais de 360 m². “É um estudo bastante complexo, que envolve profissionais de diversas áreas, como arquiteto, engenheiro civil e engenheiro ambiental, com o objetivo de identificar todos os impactos do empreendimento, como no trânsito e nos ruídos”. Segundo ele, o estudo demanda cerca de 60 dias para ser elaborado, mas o processo para obter o alvará costuma demorar quase um ano.


Polêmica. Na última semana, donos e gestores de bares de Belo Horizonte reclamaram que perderam seus alvarás para música em razão de uma mudança na legislação. No Santo Boteco, no bairro São Pedro, na região Centro-Sul, as apresentações que aconteciam às quintas-feiras e aos sábados foram suspensas. A gerente do local, Aline Soares, informou que a renovação era periódica, mas, na última tentativa, o pedido foi negado. Ela disse que precisaria investir R$ 80 mil para ter o ALF.


O Redentor, no bairro Funcionários, na mesma região, tem música às segundas-feiras e também não conseguiu renovar o alvará. O gerente Eduardo Verônica ponderou que a licença era renovada mensalmente há mais de um ano.

A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos negou que tenha havido mudança na lei e informou que existe apenas o ALF ou alvarás para eventos esporádicos, com data e hora determinadas. A questão, segundo a pasta, é que alguns locais usavam essas autorizações específicas para justificar as constantes apresentações, e eles não têm todas as exigências para obtenção do ALF.

O presidente da Abrasel reconheceu essa prática em alguns locais. “Existe alvará para evento específico, e muitos usam o mesmo documento (alvará) depois do evento”, disse Rodrigues.

“Para os bares, a música não
é atividade-fim, é complementar. As exigências têm que ser diferentes das feitas a uma casa de shows.”


Ricardo Rodrigues
Presidente da Abrasel


Lei do Silêncio 

Ruídos. 
Entre 7h01 e 19h, o limite de ruídos é de 70 decibéis; de 19h01 a 22h, 60 dB; de 22h01 a 23h59, 50 dB, e de 0h a 7h, de 45 dB.


Limite. 

Após as 23h, a execução de música mecânica ou ao vivo é proibida no ambiente externo dos estabelecimentos.


Exigência.

Locais que executem música ao vivo ou mecânica devem ter isolamento acústico que não permita a propagação de ruídos acima do permitido.


Penalidades. 

Os infratores estão sujeitos a advertência, multa (de R$ 80 a R$ 10 mil), interdição da atividade e cassação de alvará de funcionamento ou de licença. Em BH, na ausência de alvará, a multa mínima é de R$ 371,92 e, no caso de atividade em desacordo com o alvará, de até R$ 4.463,01.


Denúncias. 

Podem ser feitas pelo telefone 156, no BH Resolve, no centro da capital ou no portal da PBH (www.pbh.gov.br).

Lei do Silêncio pode ser alterada
A música nos bares obedece aos limites impostos pela Lei do Silêncio, que pode ser alterada em Belo Horizonte. Desde 2013, tramita na Câmara um projeto que pretende aumentar o nível de ruídos permitido na cidade, o que seria bem recebido pelo setor.

O presidente da Abrasel-MG, Ricardo Rodrigues, disse que a legislação é antiga e que o ruído normal de uma avenida de Belo Horizonte já supera o previsto pela lei. Um bar, porém, pode ser multado se produzir o mesmo barulho. O projeto será tema de audiência pública na semana que vem. (APP e RM)

BAIRRO UNIÃO

Rua Alberto Cintra é alvo de fiscais
Em uma semana, cerca de 50 notificações e autos de infração e de interdição da atividade de música foram emitidos contra bares da Rua Alberto Cintra, no bairro União, na região Nordeste de Belo Horizonte. Em fiscalização iniciada no último dia 20, foram constatadas irregularidades em 19 estabelecimentos.
A fiscalização foi iniciada com o objetivo de atender as reclamações referentes à poluição sonora, que alcançaram 116 neste ano. No total, oito fiscais participam da ação, vistoriando os estabelecimentos e conferindo a documentação. São utilizados aparelhos medidores de decibéis, que verificam se os níveis de pressão sonora estão em conformidade com a Lei do Silêncio.

Segundo a Regional Nordeste, nenhum bar da rua tem alvará para execução de música. Dessa forma, os estabelecimentos podem reproduzir apenas música ambiente, dentro dos limites da legislação. Os valores das penalidades não foram informados.


Debate. 

Quem mora na rua reclama de música alta noite adentro. “Não queremos fechar nenhum bar, mas precisamos dormir. A situação está insustentável, com música até 1h da madrugada, de terça a domingo”, disse uma moradora da rua, que não quis ser identificada. O empresário do ramo hoteleiro Pablo Ramos, 39, reclamou que já perdeu vários hóspedes por causa do barulho. “Investimos cerca de R$ 700 mil no isolamento acústico dos quartos, mas não foi suficiente, e os hóspedes não conseguem dormir”.

Para discutir soluções, cerca de 20 donos de bares se reuniram nessa quarta-feira (27) com a Abrasel. “Estamos estudando medidas para solucionar a situação. Os empresários estão preocupados em melhorar o relacionamento com a vizinhança e com os clientes”, disse o diretor executivo da Abrasel, Lucas Pêgo. (APP/RM)