terça-feira, 24 de outubro de 2017

Resenha - Ensino instrumental enquanto ensino de música.

SWANWICK, Keith. (1994). Ensino instrumental enquanto ensino de música. Trad. de Fausto Borém; rev. de Maria Betânia Parizzi. Cadernos de Estudo: Educação Musical. São Paulo: Atravez, p.7-14.

O texto de Swanwick aborda o ensino de instrumento de um ponto de vista mais pautado na educação musical. O autor descreve aspectos da aula instrumental, que considera importantes, com base na sua experiência como docente, pesquisador e músico, seja trabalho individual ou coletivo, fazendo críticas e sugestões. A proposta do texto é que as aulas de instrumento podem ser mais musicais e que os trabalhos em grupo podem proporcionar um desenvolvimento de habilidades motoras e cognitivas necessárias ao fazer musical.
Para obter uma boa compreensão do texto não são necessários conhecimentos técnicos ou científicos, qualquer músico/professor ou estudante de música, ao ler as primeiras linhas do trabalho, vai identificar os dizeres do autor com características da sua própria experiência. A linguagem usada para tratar do tema é de fácil compreensão para leitores envolvidos no campo da música. Por estas características, Swanwick conseguiu abordar o assunto de forma agradável e interessante, o que torna a leitura suave.
O trabalho é organizado em subtítulos que definem bem cada parte do texto. As partes que compõem o artigo são: Interação em grupo, Leitura rigorosa ou Liberdade de interpretação, O ouvido interno e O quarto dedo na corda lá. Antes de começar estes subtítulos o autor faz uma introdução ao assunto e aborda, sob sua perspectiva, características do ensino individual de instrumento. Ao final, Swanwick propõe 3 regras gerais para o ensino instrumental.
A leitura do texto pode ser especialmente útil para professores de instrumentos musicais de todos os níveis de ensino. Estudantes e pesquisadores de música também podem considerar importantes as informações e conceitos discutidos no trabalho. Swanwick é, sem dúvida um grande influenciador no campo da educação musical e seu texto pode contribuir com trabalhos futuros.
Swanwick é um dos pesquisadores e autores mais influentes no campo da educação musical de nosso tempo. Sua teoria espiral que descreve a aprendizagem da música por etapas, semelhantes ao esquema de desenvolvimento de Piajet, influenciou diversos trabalhos acadêmicos. Talvez sua obra mais importante seja o modelo CLASP (composition, literature, audition, skill e performance), que foi traduzido por estudiosos brasileiros como TECLA (técnica, execução, composição, literatura e audição). Este modelo é baseado na prática, na vivência musical e resume as ideias de educação musical do autor.
O autor se baseia essencialmente em sua própria vivência e em relatos de outros profissionais para construir seu texto intitulado “Ensino instrumental enquanto ensino de música.”. O trabalho mantém o foco e a objetividade do início ao fim. As ideias discutidas são boas fontes a qualquer pesquisa na área da educação musical, sobretudo às que se aventuram na temática do ensino instrumental. Um destaque especial às ideias do autor sobre o ensino coletivo ou prática de grupo instrumental, suas colocações condizem com a realidade desta modalidade de atividade.

Idalmo Jonatan Castro Santos
Acadêmico do curso de pós-graduação em Educação Musical da Universidade Cândido Mendes (UCAM)







quarta-feira, 21 de junho de 2017

Bocal 5GS da Bach - Minhas impressões

Atualmente estou usando um bocal 5GS  Vicent Bach. No trombone de calibre largo já usei bocais 6 1/2, 4G, 6 1/2 da Houston e até um bocal "caseiro" feito por um ex professor. Ainda é demasiado cedo (mais ou menos 1 mês) para afirmar que finalmente encontrei o meu tamanho ideal de bocal. 


Minha rotina varia de leve, intermediária a pesada. Sou professor do Conservatório de Música de São João Del Rei MG e no dia em que estão concentradas a maioria das minhas aulas de trombone é, consequentemente, o dia em que mais tenho que tocar. Acredito muito na importância de tocar junto ao aluno, principalmente com os iniciantes. Tenho percebido uma melhora significativa no meu desempenho neste dia. Era comum terminar o dia (lá pelas 22:30 da noite) sem conseguir tocar nada direito devido ao cansaço e estrese muscular. Depois do novo bocal, tenho chegado com a embocadura mais resistente no fim do dia.

Mas não é só a resistência que mudou. Notei mais conforto. Um equilíbrio melhor na sonoridade quando comparo meu som nas diferentes regiões (graves, médios e agudos). Essas mudanças tem feito a diferença ao longo da minha semana. Dou aula de trombone, tenho ensaios, gravações, toco com orquestra, toco com big band, trio metal, banda de música, quartetos, duetos etc. O repertório vai do choro ao concerto. Com essa variedade de exigências técnicas e interpretativas estou sentindo que este bocal está me atendendo bem em todas as situações.

As vezes o problema não é o bocal e sim a peça que fica antes dele. Me refiro a embocadura e ao trombonista. Na busca por melhores resultados muitos músicos esquecem de conferir a peça principal do trombone, o trombonista. Você está estudando com regularidade? Já se deu tempo o suficiente para ter bons resultados com o bocal? Você tem boas referências? Um professor te auxilia nos estudos? Recomendo pelo menos 3 meses de bons exercícios, apresentações e rotinas de estudos com o mesmo bocal antes de pensar em trocar. A escolha deve levar em conta o conforto, a sua anatomia, o desempenho em todas as regiões e até a sonoridade que você precisa no seu dia a dia de acordo com os estilos musicais e grupos que você atua.

E aí você me pergunta: Você recomenda esse bocal? E a resposta é: Sim, eu recomendo. Primeiro por que a Bach é muito experiente e muito tradicional na fabricação de bocais, não é atoa que lidera a preferência dos trombonistas brasileiros. Depois por que minha experiência pessoal com esse modelo está sendo muito boa. Tanto em naipe quanto solo o bocal é bom sim. Então para quem se adaptar bem será um bom bocal para se usar.

Obs: Não recebo nada da Bach para fazer tais afirmações

E você amigo? Trocou de bocal recentemente? Pretende trocar? Como está sua experiência com o bocal que você usa atualmente?  

Bateu aquela dúvida sobre qual marca ou modelo de bocal comprar?

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Dia de Tiradentes 2017 - BSMDB

Apresentação do dia de Tiradentes com a Banda Salesiana Meninos e Meninas de Dom Bosco.
Regente: Idalmo Santos
Cidade: São João Del Rei MG.



A Banda Salesiana Meninos e Meninas de Dom Bosco se apresentou na comemoração do do dia de Tiradentes (21/10/2017) com um diversificado repertório. O grupo se apresentou no centro de São João Del Rei executando músicas decoradas e criativas evoluções. Para realizar este trabalho os músicos precisam ensaiar muito e ter um bom entrosamento. É essencial o sentimento e a percepção de grupo e de ordem unida.



Atualmente estou tendo a oportunidade de vivenciar duas experiencias diferentes, porém correlatas, de regência: uma banda marcial e uma orquestra de cordas. A banda é a mesma do vídeo que coloquei acima, já a orquestra é o grupo do Conservatório onde sou professor efetivo. Na orquestra tenho desempenhado o papel de segundo regente. O primeiro concerto do ano da orquestra do Conservatório está previsto para dia 02/07 no Teatro Municipal de São João Del Rei MG. Já a banda tem cumprido uma agenda de apresentações mais cheia, atuamos na Semana Santa e também agora na comemoração do dia de Tiradentes.



Trabalhar com diferentes formações de grupos musicais pode ser interessante e tem sido. São repertórios, sonoridade e tradições diferentes. O caminho que recomendo para conduzir grupos assim é o diálogo. Sempre há aqueles músicos (alguns mais experientes que você) que vão ser seus parceiros, se forem ouvidos. Ter o controle de tudo sozinho é desgastante e ineficiente. Por isso saiba identificar os músicos mais proativos de cada naipe e faça bom uso da ajuda deles. Alguns integrantes destes grupos estão naturalmente dispostos a ajudar os colegas, a opinar sobre repertório e até contribuir na disciplina, por isso é importante ouvir o que eles tem a dizer.



No fim das contas o segredo é este, saber falar o que é preciso e saber ouvir o outro, ou melhor, os outros. Se você também rege, comanda ou coordena um grupo musical, ou mais, diz aí como é a sua experiência? Que dificuldades você encontra? Que dicas você daria para um colega na mesma situação? E se você toca em um grupo, como uma banda ou orquestra, o que você espera do maestro (regente) enquanto liderança?

quinta-feira, 6 de abril de 2017

CONCERTO: Orquestra Sinfônica da Unicamp - Concertos internacionais: Música polonesa

Orquestra Sinfônica da Unicamp - Concertos internacionais apresenta: Música polonesa.

Os concertos acontecem na Quarta-feira, 05 de abril de 2017 às 20h no Teatro Castro Mendes em Campinas e na Quinta-feira, 06 de abril de 2017 às 13h na Casa do Lago da Unicamp.
Teatro Castro Mendes - Praça Correa de Lemos, s/n - Vila Industrial - Campinas/SP.
Informações: (19)3272-9359.
Casa do Lago da Unicamp - Av. Érico Veríssimo, s/n - Cidade universitária - Unicamp - Campinas-SP.
Informações: (19)3521-1708.

Entrada:
Teatro Castro Mendes: R$20, R$10 e R$5
Casa do Lago: Entrada franca.




No Programa:
Maksymilan EINERT - Abertura em Ré Maior (1846)
Frédéric CHOPIN - Concerto para piano nº2 em Fá menor (1829)
- Maestoso
- Larghetto
- Allegro vivace

Antoni STOLPE - Scéne Dramatique para violoncelo e cordas (1868)
Tomasz J. OPALKA - Música do filme "Bridging Urban America" (suíte para cello, piano e orquestra) (*versão 2017, em estreia mundial)
- Prologue & Main Title
- No Confidence
- Earthquake
- Crooked River
- Portland
- Mother Helena
- Opening of Broadway
- Huey P. Long
- Epilogue & Credits

Convidados:
Cracow Duo - Kalinowski & Szlezer
Jan Kalinowski, violoncelo
Marek Szlezer, piano

Orquestra Sinfônica da Unicamp
Raphael Delekta, regência


Site: www.ciddic.unicamp.br/noticias_osu.php?cod=77

quinta-feira, 16 de março de 2017

Como tocar trombone




Saudações trombonísticas! Você quer aprender a tocar trombone? Ou já começou a estudar mas ainda tem muitas dúvidas? Então este vídeo é para você.

Nesta aula eu falo sobre:
• Como montar o trombone
• Como segurar corretamente o trombone
• Como emitir som no instrumento e usar corretamente o bocal
• Como guardar o trombone da forma correta

Você sabe quem é o ancestral do trombone? Sabe como surgiram os primeiros trombones da história? Então não perca a curiosidade no final do vídeo!

Ainda tem alguma dúvida sobre os assuntos desta aula?
Este vídeo foi útil pra você?
Você está aprendendo a tocar trombone?
Deixe um comentário aí abaixo.

Professor: Idalmo Santos
Trilha sonora: Trombumba e Duetto III (performance by Idalmo Santos).

Fontes: Método Gilberto Gagliardi para iniciantes e Cadernos Didáticos da Weril.

sexta-feira, 3 de março de 2017

10 músicas dos Mamonas Assassinas que seriam censuradas nos tempos atuais

Há 20 anos os integrantes de uma das bandas mais irreverentes, engraçadas e politicamente “incorretas” que já existiram no Brasil, os Mamonas Assassinas, sofriam um acidente fatal que entristeceu todo o país. Em uma época onde havia mais respeito pela liberdade de expressão e menos mimimi por qualquer coisa que fosse contra a lógica dos “justiceiros sociais” da esquerda, os Mamonas tocavam em todos os lugares: em televisões, rádios, festas de aniversário infantis, escolas e toda sorte de local se ouvia um “Sabão Crá Crá” ou um “mina, seus cabelo é da hora”.



A existência, hoje, de uma banda como os Mamonas Assassinas seria praticamente impossível. Os movimentos pseudo-sociais – uma minoria estridente financiada por partidos políticos irrelevantes que vivem às custas do dinheiro dos pagadores de impostos – formaram um punhado de chorões que reclamam (e são ouvidos pela grande mídia, tomada pelos mesmos partidários da esquerda) por absolutamente qualquer coisa que fuja do que desejam ou do que consideram ideal: de regras privadas (aceitas voluntariamente no momento da matrícula por pais e filhos) numa escola que impedem o uso de shortinhos até nomes de operações da Polícia Federal.

Pensando na diferença de liberdade de expressão daquela época (1995-1996) para hoje, fica claro que praticamente todas as músicas da banda seriam censuradas – muito provavelmente pela Justiça Brasileira, que entende o conceito de liberdade de expressão tão pouco quanto a esquerda mimimista. Dessa forma, reuni 10 músicas dos Mamonas Assassinas que seriam censuradas se a banda estivesse nos palcos hoje:

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“Preconceito com os pobres”, “incentivo à opressão capitalista”, “objetificação das mulheres” e “racismo” seriam apenas alguns dos argumentos que seriam usados para censurar esta música. Frases como “a pior de todas é a minha mulher, tudo o que ela olha a desgraçada quer” e “se der uma chuva de Xuxa, no meu colo cai Pelé” seriam estampadas na capa da Carta Capital para mostrar como a elite-branca coxinha-fascista pensa.

Vira Vira


O movimento femimimista iria a loucura com a música, protestando com diversos textões no Facebook. Onde já se viu uma música “incentivar” as mulheres a irem para surubas, terem suas tetas arrancadas por negões e receberem mãos na bunda? O movimento negro também faria sua nota de repúdio informando que negões não arrancam tetas de mulheres.


Pelados em Santos


Um “homi” desejar que estivesse “pelados em Santos” e quer que as mulheres se casem, viajem para o Paraguai e compartilhem “feijão com jabá”? E ainda por cima falar para milhões de pessoas que a mulher te “deixa doidão”? Movimento “chega de fiu fiu” e processinho neles!

Chopis Centis


A xenofobia implícita da música com os nordestinos levaria a ações da OAB e discursos inflamados de políticos locais. Trechos como “eu prefiro aipim” e “a minha felicidade é um crediário das Casas Bahia” seriam temas de vídeos de Tico Santa Cruz e artigos de Gregório Duvivier sobre a opressão do povo do Sudeste por meio da música. Marxistas fariam longas teses que ninguém lê sobre a “fetichismo da mercadoria” implícito na música, o qual obriga os mais pobres a comprarem com crediário nas Casas Bahia.

Jumento Celestino


Aqui a xenofobia da “elite branca paulista” em relação aos nordestinos fica explícita. Leonardo Sakamoto faria longos textos sobre a escravidão do trabalho de boia fria e artistas que vivem às custas do dinheiro dos pagadores de impostos de todo o país, incluindo os nordestinos, fariam um abaixo assinado no Avaaz para que a música fosse censurada por discriminar os migrantes nordestinos.

Uma Arlinda Mulher


Com mais uma óbvia depreciação das mulheres, o movimento femimimista iria à loucura e lançaria o movimento “Vai ter mulher com cabelos no suvaco sim”, com Lola Aronovich encabeçando o movimento. O movimento negro entraria com uma ação na justiça requerendo a retirada do trecho “cabelo pixaim”. A Associação Internacional de Proteção às Borboletas do Afeganistão requereria os direitos autorais sobre a música por ter sido mencionada, enquanto 40 consumidores recorreriam ao Conar para retirar o “merchandising” da música.

Mundo Animal


Os defensores dos animais chamariam a Luísa Mel para fazer uma reportagem repudiando o incentivo à zoofilia no duplo sentido de “comer tatu é bom, que pena que dá dor nas costas”. O National Geographic faria um especial sobre o sexo dos elefantes enquanto o Greenpeace protestaria na porta de um show da banda contra a caça às baleias. O Conselho Tutelar tentaria impedir que a música fosse tocada para menores de 18 anos por conter a expressão “pinto dos elefantes”.

Robocop Gay


Associações de defesa dos LGBTs fariam amplas notas de repúdio sobre a música e beijaços nos shows da banda. Jean Wyllys ficaria um ano falando sobre preconceito contra os gays. O lançamento da música impulsionaria a aprovação do projeto que tornaria homofobia crime hediondo punível com pena de morte e toda a banda seria assassinada pelo próprio Jean Wyllys, vestido de Che Guevara.

Sábado de Sol


Os diretórios acadêmicos controlados pelo PSOL / PSTU / PT fariam maconhaços em diversas universidades, em um sábado de sol, para mostrar à população que os “maconheiros não querem comer feijão”.

Lá Vem o Alemão


O movimento femimimista explicaria como o Mamonas odeia as mulheres fazendo protestos com os seios de fora contra a objetificação das mulheres no trecho “só porque ele é lindo, loiro e forte, com dinheiro e um escort, como um Modess você me trocou”. Os defensores do direito dos animais retirariam suínos de fazendas privadas para mostrar como suínos devem ser tratados.

Brinde: a própria banda

O movimento negro invadiria salas de aula para dizer como o Mamonas Assassinas representava a elite branca que deve ser exterminada enquanto lutaria por cota para negros na banda. O Ministério Público entraria com uma ação na justiça para proibir crianças e adolescentes de entrarem nos shows dada a quantidade de palavrões e o fato de Dinho às vezes cantar de cueca. Luciana Genro falaria sobre como o grande capital financeiro de Guarulhos estaria atuando para acabar com o politicamente correto no país. E o Fantástico faria uma matéria de trinta minutos sobre a relação das músicas do Mamonas Assassinas com o aumento dos casos de xingamentos, bullying nas escolas, machismo, racismo e homofobia usando dados do IPEA.

Para concluir

Os liberais defendem a liberdade de expressão completa e irrestrita, até mesmo daquilo que discordamos. Os Mamonas Assassinas representavam um mar de liberdade de expressão politicamente “incorreta” que foi se perdendo ao longo dos anos no Brasil. Quanto mais restringimos a liberdade das pessoas falarem o que quiserem, mais restringimos a própria vida de milhões de pessoas às regras de um punhado de pessoas que acreditam que podem definir o que todas as outras podem ou não falar. Hoje pode ser censurado aquilo que você não gosta, mas e quando aquilo que você gosta – ou você mesmo – for censurado? Pense nisso.


Presidente do ILISP e empreendedor.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Adriana Calcanhotto é a nova professora da Universidade de Coimbra.

"Larguei tudo no Brasil para viver essa maravilha". A música brasileira percorrerá o seu caminho e explicará, em cinco "master classes", porque nunca dissociou a poesia da música. E o comité do Nobel deu-lhe razão.

PAULO SPRANGER/GLOBAL IMAGENS


Junto à porta há uma placa dourada com o seu nome. Adriana Calcanhotto surge do seu gabinete na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Será ali professora durante um semestre. Sentamo-nos à enorme mesa que existe na sala do Instituto de Estudos Brasileiros. À volta, livros. A cantora dedicar-lhe-á os seus olhos claros para preparar as cinco master classes que dará para centenas de pessoas, de dentro e de fora da Universidade, até junho. As inscrições estão abertas a todos, e as vagas têm voado. Adriana vai cantar um pouco nas aulas, mas vai sobretudo falar. De si, e dos trovadores medievais e contemporâneos, como Vinicius ou Bob Dylan.

Diz que aprendeu a ler sozinha e a sua primeira palavra foi "México".

Tinha cinco, seis anos. Quando entrei na escola lembro que a professora escreveu no quadro "Boa tarde, crianças". E perguntou o que é que está escrito aqui? Eu disse. Nenhum dos colegas sabia ainda ler e eu vi que ia ficar numa situação difícil ali esperando os colegas. Lembro que a professora me deu a cartilha e o menino que se sentava ao meu lado disse assim: "Quando a gente receber a nossa a sua já vai estar velha e a nossa vai estar novinha."

Ia fazendo outras leituras?

Sim, paralelas, em casa. Eu tenho uma tia que me passava livros, é professora de língua portuguesa. Fazia questão e falar dos autores antes de me entregar o livro. Lia muito gibis [BD] também, gostava muito dos quadrinhos, da Mónica, essas coisas. Estava sempre lendo, sempre procurando coisas para ler.

Essa tia dava-lhe só coisas para crianças?

Acho que me dava as coisas certas para a minha idade. O primeiro livro que ela me deu de Clarice Lispector para crianças foi A Mulher que Matou os Peixes. E aquilo mudou a minha vida para sempre, porque a forma como a Clarice se dirige às crianças... Eu nunca tinha tido aquela experiencia de ser tratada como leitora, e não só como criança. A partir dali ficou para mim muito difícil ler os livros para crianças.


Quando é que começou a perceber que a literatura também morava nas canções?


Eu sempre ouvi muita música, mas era a música que as funcionárias da casa ouviam na rádio. Roberto Carlos, Wanderley Cardoso, Devolva-me, uma canção que eu nunca esqueci e acabei gravando, é a que mais me marcou. À noite com os meus pais eu ouvia música instrumental, a grande maioria do tempo. O meu pai jazzista, a minha mãe coreógrafa. Tinha muito pouca coisa com letra. A não ser Elis Regina, que a minha mãe ama, e João Gilberto, que era o único cantor de música brasileira por quem o meu pai tinha alguma admiração. Quando comecei a ouvir a minha música, a fazer as minhas descobertas na adolescência, eu ouvia uma rádio que tocava só Música Popular Brasileira, a cada semana tinha uma coisa maravilhosa do Chico [Buarque], do Caetano [Veloso], tocava muito Vinicius de Moraes. Foi nesse momento que o Fagner lançou um disco em que musicava poemas da Cecília Meireles, do Ferreira Gullar,. E eu fui intuindo, antes de entender, que tinha ali uma coisa diferente, que não era a mesma coisa que Devolva-me. Talvez não fosse melhor nem pior, mas tinha uma coisa atrás daquilo, uma autoridade na voz do Vinicius de Moraes, por exemplo, que me dava uma sensação: "Ele sabe uma coisa que eu não sei e está aqui numa generosidade, partilhando isso". Tudo isto era uma sensação. E enfim, ficava ali grudada. Aí eu descobri Oswald de Andrade, por acaso, no Círculo do Livro [livros por catálogo]. A minha mãe viu que eu queria ler, não sabia o que me dar, assinou. No meu currículo escolar só teria aulas sobre isso dois anos depois. Fiquei fascinada com aquela irreverência toda.

Como com a Clarice, viu uma estrutura a ser rompida.

Sim. Comecei a ler tudo o que dizia respeito a Oswald de Andrade, aquilo tudo para um adolescente, aquela maluquice toda. Nesse momento, o Augusto de Campos comecei a ir atrás do Augusto de Campos, das suas traduções dos poetas que eu não poderia ler, porque eu só sabia português. E a partir daí fui picada pela poesia. Já tinha uns 15, 16 anos. Segui essa trilha, fui descobrindo as traduções. Lembro que em Porto Alegre eu estava assistindo à televisão e apareceu o Haroldo de Campos [irmão de Augusto, também tradutor e poeta], dando uma entrevista na televisão. Eu peguei um táxi, fui correndo até à televisão para conhecer o Haroldo e pegar um autógrafo. Anos depois, em São Paulo, ele lembrava de mim.

Era a única ali?

A única, sim. Eu acho que as pessoas acharam aquilo tão incomum, que me deixaram entrar. Ele talvez também tenha achado aquilo esquisito.

Essa experiência com as letras era uma experiência solitária ou a Adriana tinha companheiros dessa paixão?

Não, não tinha, era bem solitário. Não encontrei com as pessoas certas na hora certa, para dividir isso. Em relação à música não era tão solitário. Mas isso talvez seja uma coisa do meu temperamento, sempre gostei de estudar sozinha. Por isso é que eu estou encantada de estar aqui.

Os trovadores medievais aparecem-lhe já como estudo ou ainda apenas como paixão?

Aí é um determinado momento da minha trajetória, a partir dos livros, das traduções, do pensamento do Augusto. Tem a ver também com [Ezra] Pound [e a sua relação com o trovador Arnaut Daniel], a partir do Augusto. Passa a ser esse estudo da transmissão da poesia, e vai chegando sempre essa questão da hierarquização da poesia cantada e da poesia de livro. Agora as pessoas vêm falar da canção popular. Homero era para ser cantado, falado. Quando você lê Homero, você vê que aquela estrutura é oral. Então eu acho que também para não ter de lidar com essa questão, eu fui estudar. E também porque a qualidade desses textos é excecional.

Fala muito de levar a alta poesia para a rádio popular.

Eu lembro da sensação de quando eu ouvi o Fagner, que era um cantor de grande apelo popular no Brasil, cantando Traduzir-se, do Ferreira Gullar. Primeiro, quando eu ouvi, eu não sabia que era Ferreira Gullar, porque eu o conhecia das entrevistas. Ele mudou a minha vida várias vezes por eu ligar a TV e ele dizer loucuras, eu ficava com ossos para roer por dois, três anos. Mas eu ouvi aquilo - "Uma parte de mim é só vertigem; outra parte, linguagem " - e pensei: "Eu daria a minha vida por isso." Que alguém, naquela situação em que eu estava, ouvindo rádio e lavando loiça...

Tivesse essa sensação?

É. Ou a sensação que eu tinha quando ouvia o Vinicius.

Foi sempre a palavra que a fez cantar, ou também havia um lado estritamente musical?

Não, nunca houve um lado estritamente musical. É uma pena, porque eu não me dediquei assim ao acabamento musical. Não tinha paciência, eu queria veicular o texto. Eu queria transmitir aquela sensação. Achava que se uma pessoa sentisse aquilo que eu senti, a minha vida teria sentido, teria sido útil.

Para si o seu talento é esse?

É. Eu lembro que na primeira vez em que subi a um palco, nessas coisas de final de ano, de colégio. Subi e cantei sozinha, voz e violão. Eu estava condicionada por coisas externas e achava que tinha de estar nervosa porque ia subir ao palco. Mas quando subi no palco, parecia que eu só tinha feito aquilo na minha vida inteira (que era curta). Uma naturalidade, uma coisa tão difícil de explicar, eu disse: "Eu nasci para isso." Até eu encontrar essa coisa do palco, da transmissão dos textos, o que foi me ajudando foram as coisas que foram saindo, Maria Bethânia, Caetano... Eu custei a entender que a Maria Bethânia era uma pessoa, porque aquela voz, aquilo parecia uma entidade, uma voz sozinha. E dizendo aquelas coisas, e daquele jeito, você vê que não é uma voz que vai dizer coisas nas quais não acredite, que não tenha sido arrebatada para dizer. Eu fui atrás dessas coisas.

 PAULO SPRANGER/GLOBAL IMAGENS


Chegou a ter alguma experiência de universidade?

Não, não. Eu abandonei o colégio depois de repetir quatro vezes o mesmo ano, porque eu não ia à aula, ia à noite assistir aos músicos tocando, as pessoas cantando. Conheci umas pessoas que conheciam uma cantora de quem eu gostava muito. Estive na casa dela, num final da manhã, com os amigos dela. Nós tomámos um café e ela disse: "Bom, agora eu tenho de trabalhar, fiquem à vontade." Aí o trabalho dela era pegar discos do Tom Jobim, Elis Regina, e ouvir para fazer reportório. Eu fiquei doida e ficava indo nos bares, vendo as pessoas tocarem, curtindo aquilo tudo. Então eu não conseguia acordar para ir à aula.

Que idade tinha?

16, 17. Fiquei repetindo aquele ano. Aí teve uma hora que ficou claro e apareceu esse primeiro bar para tocar. A minha família ficou apavorada. E eu dizia: "O meu pai é músico, e você trabalha com dança." E meu pai: "Eu conheço o meio, por isso é que eu estou dizendo." Mas aí eles viram que aquilo não era para escapar da escola, que tinha qualquer coisa mais. Tivemos uma conversa e eles disseram: "Bom, então a gente vai-te ajudar." E ajudar significava simplesmente não ficar contra, deixar correr.

E quando começou a trabalhar manteve as paixões por certos artistas?

Sim, porque aí eu consegui esse trabalho num bar, que foi um pouco por acaso. Eu fui muito ousada por dizer ao dono do bar: "Eu sou cantora." Ele disse: "Ótimo, eu estou querendo contratar uma cantora." Eu não tinha um reportório para segurar uma noite de trabalho. Aí a minha vida virou ouvir discos de tarde para tirar as canções, aquele sonho dourado começou a acontecer. Mas eu lembro que o meu primeiro dia de trabalho era o dia em que passou um especial do Gilberto Gil na TV, onde que ele cantava no circo e tinha convidados, então eu não fui. Então o meu primeiro dia de trabalho foi o segundo. Num bar daqueles, as pessoas ficavam esperando reconhecer o reportório e queriam as versões mais próximas possíveis ao original. Cedo eu vi que aquilo não era o que eu queria, embora tenha me dado muita experiência. Fiquei um ano nisso. Fiquei nesse bar e noutros nas redondezas. Tinha um muito perto que era um dos abres que o Lupicínio Rodrigues frequentava. Tinha um resquício dele. Foi importante ver aquelas bandas e aqueles intérpretes que tinham convivido com ele.

PAULO SPRANGER/GLOBAL IMAGENS
Diz-se que a expressão "dor de cotovelo" no Brasil vem dele. Refere-se só a mal de amor? Em Portugal é inveja.

É dor de amor. Ele passa tantas noites assim [com os cotovelos apoiados no balcão no bar] que dói o cotovelo.

E veio dele?

Acho que sim. Essas coisas sobre esses autores, são tantas as lendas que a gente não sabe mais.

Tão habituada a cantar canções de outros, quando escreve uma canção é por não ter encontrado aquilo em lado nenhum ou porque lhe aparece?

Aparece. Eu não sou uma pessoa muito metódica e cada canção nasce da sua maneira. Até gostaria de ser mais disciplinada com isso. As canções que eu canto que não são minhas são, em geral, canções que eu gostaria de ter escrito, mas alguém escreveu antes.

A propósito das master classes que vai dar, há um verso em Felicidade, do Lupicínio Rodrigues - que cantou no álbum Loucura -, em que ele diz: "Mas como é que a gente voa quando começa a pensar". Nunca teve problema em começar a pensar no que fazia?

Na verdade, em função das entrevistas, eu sou obrigada a pensar no que eu já fiz, não é uma coisa do meu temperamento. Não pensaria para trás se não fosse essa obrigação da minha profissão. Aqui por exemplo a primeira master class que a universidade me pede é para olhar para a minha trajetória.

As master classes foram pedidas?

Tudo foi pedido. A única que eu ofereço, é um assunto que me interessa muito, e o tempo que leva para falar sobre isso é mais ou menos o tempo de uma aula. É o Parangolé Pamplona [obra do artista brasileiro Hélio Oiticica]. Eu me apaixonei por esse tema, fui descobrindo e vivenciando isso nalgumas palestras que dei. E ao longo tempo foram acontecendo coisas. Como por exemplo, ardeu grande parte da obra do Hélio Oiticica, com um problema elétrico. Perderam-se muitos dos parangolés feitos por ele. E eu já dizia isso antes: no parangolé que ele inventou, é o próprio espectador da obra quem veste, quem usufrui da obra e quem faz a obra, não tem o artesanato do artista, portanto elimina todas as coisas do museu. Você vai na esquina compra o pano na medida que ele indica, tem três ou quatro instruções. E isso é muito diferente de tudo o que ele fez, porque ele teorizava a obra dele até à loucura. É uma coisa circunstancial: ele ficou doente, não pôde ir à mostra de Pamplona, então mandou uma coisa que a pessoa mesma faz. Mas quando você olha, é um passo gigantesco no sentido de tudo o que ele já estava fazendo. Então experimentei isso com pessoas, com prostitutas, na frente do Centro Hélio Oiticica.

Porquê?

Porque fiquei louca com esse tema. Porque, por exemplo, aquelas prostitutas não têm nenhum desses códigos contidos ali num pedaço de pano, sequer sabem quem é Hélio Oiticica, elas trabalham ali na esquina do prédio. Mas eu vesti, elas vestiram, toca uma música, e é uma liberdade total. Você sai dançando e o parangolé ele só existe quando você se move, mas não importa sua dança, o que importa é que ele joga cor e movimento no ar, é isso que ele é. Eu recebi um convite para fazer uma palestra sobre isso em Berlim, onde as pessoas, ao contrário dessas prostitutas, tinham todos aqueles códigos. E no final da aula, na hora em que eu distribuo parangolés e as pessoas vão dançar, é tudo a mesma coisa. Aqui também vai acontecer.

PAULO SPRANGER/GLOBAL IMAGENS
Como vai ser a master class Eu ando pelo mundo?

É a minha trajetória, as minhas influências, e tem uma coisa interessante: o porquê da minha produção para crianças.

E porquê?

Foram diferentes os motivos. No momento em que eu fiz o primeiro, no Brasil só havia um modelo possível de fazer discos para crianças. Depois as crianças, os adultos gostaram, fiz mais dois, fiz os concertos. Eu não imaginava. A personagem [Adriana Partimpim] existia e eu fiz questão de fazer um contrato separado para ela, para estabelecer o heterónimo. Se pudesse fazer as crianças ouvir Chico Buarque, gravar boas traduções de Augusto de Campos de Edward Lear, de Lewis Carroll, não faria mal. Na época em que eu vim a Portugal fazer o primeiro os miúdos estavam usando aqueles pulseirinhas de borracha coloridas, eles enchiam o braço, e quando terminavam os concertos jogavam aquilo no palco, querendo retribuir. Era uma coisa tão linda. Aí eu olhava para a banda e estava todo o mundo tentando não chorar. Eu agradeço as crianças terem assistido, foi uma coisa incrível. Muitas estavam tendo a experiencia do concerto pela primeira vez. E bebés de colo que estão ali ouvindo composições daqueles génios, daqueles monstros da música que já não estão mais na moda. Não importa que sejam bebés, estão ali recebendo.

Cantava para a criança que foi?

Para a criança que eu era ali. Se fizer um concerto hoje estou fazendo para a criança que eu sou agora. Não tem nenhum sentido de resgate nostálgico.

De que trovadores vai falar?

Na primeira aula eu vou-me deter melhor na história, e vou mostrar canções inteiras, que é um tempo que não se tem mais hoje. Cantar uma sextina inteira de Arnaut Daniel, mostrar uma cantiga inteira de Dom Dinis, falar sobre aquilo. Depois na segunda já fico num tempo mais contemporâneo - voltando atrás, porque as pessoas podem assistir às aulas individualmente - a partir da invenção da língua portuguesa e chego ao que aconteceu no Brasil, essa coisa da alta poesia transmitida através da música, essa hierarquização que o nobel do Bob Dylan termina com isso.

Veio mesmo a calhar...

Aconteceu uma coisa impressionante. Eu estava escrevendo sobre os trovadores, chegando nos contemporâneos, preparando a minha aula, e aí cego no Bob Dylan. Mas já estava tarde e eu estava um pouco cansada. Salvei o documento, fui dormir. Acordei no outro dia, abro a internet: Bob Dylan, nobel da Literatura. E eu falei: "Meu Deus, não precisava de ter escrito tudo isso, bastava essa manchete." O Arnaut Daniel, o grande e sofisticado provençal, é o que seria o Bob Dylan hoje, com a diferença que o Bob Dylan é mais popular. Fora isso é a mesma coisa: um grande poeta que transmite sua poesia pela música. O Vinicius era um grande poeta, deixou a poesia metafísica, académica - ainda bem - pela mesma qualidade, pela música, para transmitir aquilo para as pessoas que não tinham aquilo antes. Na poesia do Vinicius tem muitas camadas, mas se você não tem nenhuma, você não perde o que ele está dizendo. Isso não é uma coisa fácil de fazer.

E mesmo que não fique com tudo fica com dois versos na cabeça.

Que podem mudar a sua vida para sempre.

Falar para um auditório de 500 pessoas é como cantar ou é mais difícil?

É a mesma coisa. Eu vou conversar sobre essas coisas, vou cantar um pouco, e depois vou abrir um espaço para perguntas, que acho que é interessante. Não vou saber todas as respostas, mas quero conversar.

Como vai ser o trabalho aqui no gabinete?

Imagina, eu tenho uma biblioteca ali, outra ali, e outra aqui, e um gabinete, sozinha. Eu larguei tudo no Brasil para viver essa maravilha. Jamais ousei sonhar com uma coisa dessas.

PAULO SPRANGER/GLOBAL IMAGENS

Master classes
22 de fevereiro
EU ANDO PELO MUNDO. Das 16.00 às 19.00 no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra. A artista atravessa a sua trajetória na música e na literatura. (Esgotado)

30 de março
LETRA E MÚSICA. Das 16.00 às 19.00 no Teatro Académico Gil Vicente. Calcanhotto debruça-se sobre as letras das suas canções e a relação entre letras e poemas.

19 de abril
O PARANGOLÉ PAMPLONA A GENTE MESMO FAZ. Das 16.00 às 19.00 no Auditório da Reitoria. O parangolé são panos coloridos que constituem uma obra de arte criada pelo artista Hélio Oiticica.

24 de maio
TROBAR CLUS. Das 16.00 às 19.00 no Teatro Paulo Quintela. Trovadores I será uma aula sobre os trovadores medievais como Dom Dinis, onde Adriana analisará (e cantará) a sua poesia.

21 de junho
TROBAR NOVA. Das 16.00 às 19.00 no Teatro Paulo Quintela.

Trovadores II: será a segunda parte da aula sobre trovadores, desta vez os contemporâneos.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Inscrição para orquestra e coro da UFS termina hoje (17)


Valor da bolsa é R$ 400

Vai até o dia 17 de fevereiro o prazo de inscrição para selecionar bolsistas para atuação no Coro da UFS (Corufs) e na Orquestra Sinfônica da UFS (Osufs). Serão ofertadas 13 bolsas de extensão, sendo 8 para o Corufs (soprano, contralto, tenor baixo) e 5 para a Osufs (violino, viola, contrabaixo acústico, oboé, fagote, euphonium, trompa, trombone, percussão – vários instrumentos). O valor da bolsa é R$ 400.



Podem se inscrever no processo seletivo os alunos regularmente matriculados e com frequência efetiva em qualquer um dos cursos dos campi da UFS e dos polos da UAB/Cesad. A inscrição deverá ser feita exclusivamente pelo e-mail: corufs.osufs@gmail.com.

O aluno deve enviar sua inscrição através de um e-mail próprio com nome completo, data de nascimento, número de matrícula da UFS, curso que realiza na instituição, semestre que está cursando e indicar para qual voz, em caso de inscrição no Corufs, ou instrumento, caso queira fazer parte da Osufs, deseja realizar o teste. Para mais informações acesse o edital clicando aqui.


Fonte: Ascom/UFS

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Abertas inscrições para Concurso Jovens Solistas



A Prefeitura de Goiânia vai selecionar até sete jovens talentos para que façam parte da Orquestra Sinfônica de Goiânia. O I Concurso Nacional de Jovens Solistas da Orquestra de Goiânia, tem duração de até o dia 20 de fevereiro e faz parte da temporada 2017.

Para participar o candidato deve preencher o pré-requisito de faixa etária e ainda ser brasileiro nato ou naturalizado. O formulário está disponível no site www.osgoblog.wordpress.com e devem ser enviado, junto com os documentos necessários, para o e-mail jovenssolistasosgo@gmail.com. A oitava presencial ocorre no dia 24 de fevereiro, na sede da Orquestra Sinfônica de Goiânia.

Poderão fazer as inscrições, cantores com até 35 anos, instrumentista de flauta, oboé, clarineta, fagote, saxofone, trompa, trompete, trombone, tuba, piano, harpa, violino, violoncelo, contrabaixo e violão, todos com até 30 anos de idade.

A mesa de jurados será composta pelo spalla da Orquestra Sinfônica de Goiânia, Samuel Dias, e por professores com atuação nas áreas, indicados pela diretoria da orquestra. 

05 VAGAS PARA MÚSICO UFBA. SALÁRIO R$ 3.868,21



Quem está oferecendo a oportunidade agora é a Universidade Federal da Bahia ( UFBA ). São 05 vagas para os seguintes instrumentos:

  • Clarineta
  • Contrabaixo
  • Trompa
  • Violino
  • Viola
A carga horária é de 25 horas semanais e um salário de R$3.868,21

Os músicos não realizarão prova escrita, apenas provas orais e práticas. As inscrições devem ser feitas entre os dias 13/04/17 a 16/05/17. Valor da taxa R$100,00

Para este concurso é necessário ter nível superior. Para baixar o edital clique Aqui.


Todas as informações e dúvidas relativas  a este concurso podem ser resolvidas no endereço eletrônico www.concursos.ufba.br ou no NUSEL – Núcle de Seleção da CDH/PRODEP, no telefone 71 3283-6406, das 8h às 17h ou e-mail nusel@ufba.br

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Programação do carnaval em São João del Rei tem desfiles e 51 blocos de rua

Cidade histórica vai contar com 51 blocos de rua.
Corte será escolhida no dia 11 de fevereiro. 

Escolas de samba desfilam nos dias 25 e 26 de
fevereiro (Foto: Reprodução/TV Integração)

A programação de carnaval de São João del Rei, no Campo das Vertentes, vai contar com desfiles de escolas de samba, blocos e a eleição da corte carnavalesca.

De acordo com a Associação das Escolas de Samba, Blocos e Ranchos (Aesbra), as escolas Mirim Unidos da Lata, Vem me Ver, Irmãos Metralhas, Girassol, Mocidade Independente de Santo Antônio, Unidos de São Geraldo, Mocidade Independente do Bonfim e Bate Paus desfilam na Avenida Tancredo Neves entre os dias 25 e 26 de fevereiro.

Já no dia 27, a avenida recebe os blocos Sem Compromisso, Unidos do Ferverão, Típico os Caveiras e Recordar é Viver. A apuração dos resultados também será no dia 27 e o desfile das três melhores colocadas no dia 28.

Entre os dias 4 e 28 de fevereiro, estão previstos os desfiles dos blocos de rua. Serão 51 espalhados pelos bairros e distritos do município. Os nomes não foram divulgados.
corte carnavalesca será escolhida no dia 11 de fevereiro. Uma rainha e duas princesas assumirão todos os compromissos estabelecidos na programação oficial do carnaval. Vinte e três candidatas estão concorrendo aos títulos.

A Prefeitura também pretende lançar uma campanha preventiva de patrimônio para os foliões.

Blocos começam a sair no dia 4 de fevereiro (Foto: Tutti Fonseca/Arquivo Pessoal)


Confira a programação dos desfiles em São João del Rei:

Sábado (25)
20h: GRES Mirim Unidos da Lata.
21h: GRES Vem-me-Ver.
22h10: GRES Irmãos Metralhas.
23h20: GRES Girassol.

Domingo (26)
20h: GRES Mocidade Independente de Santo Antônio.
21h: GRES Unidos de São Geraldo.
22h10: GRES Mocidade Independente do Bonfim.
23h20: GRES Bate Paus.

Segunda-feira (27)
19h: Bloco Carnavalesco Sem Compromisso.
20h: Bloco Carnavalesco Unidos do Ferverão.
21h: Bloco Típico os Caveiras.
22h: Bloco Carnavalesco Recordar é Viver.

Terça-feira (28) - Desfile das campeãs
20h: 3º lugar.
21h30: 2º lugar.
23h: 1° lugar.